O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta quinta-feira, 31, que o governo não vai abrir mão de uma nova estatal para gerir o trem-bala nem do aporte do BNDES na obra, demandas apresentadas por parlamentares da oposição para apoiar a Medida Provisória que trata do tema.
A previsão é de que a votação ocorra na próxima semana. “Vamos votar a MP mesmo sem acordo. Acho que vamos ter emoção porque o PSDB é contra a existência do trem-bala. Nós achamos que é necessário ter uma estatal e o aporte do BNDES, não teve nenhum trem de alta velocidade no mundo sem aporte de dinheiro”, disse Vaccarezza.
Vaccarezza previu ainda que o governo tenha dificuldades nas próximas semanas nas votações de outras MPs. Uma delas é a que dá incentivos ao setor automotivo para estimular o desenvolvimento regional. Segundo Vaccarezza, deverá haver uma briga entre as bancadas dos estados para tentar ampliar as regiões beneficiadas.
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O líder garantiu ainda que será colocado em votação na próxima semana o tratado entre Brasil e Paraguai que triplica o valor pago ao país vizinho pela energia de Itaipu. A votação também deverá ocorrer sem acordo, segundo Vaccarezza.
Sobre a divisão dos royalties do pré-sal, Vaccarezza disse não acreditar que o tema será decidido ainda neste semestre. Segundo ele, seria “ilusão” achar que o tema possa ser resolvido rapidamente.
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