O presidente da Associação Brasileira de Logística (Aslog) e diretor-executivo da Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, foi um dos palestrantes no debate realizado na última quarta-feira, 4, pela manhã no Senado Federal em Brasília (DF), pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo sobre a importância da logística para o desenvolvimento regional do Brasil.
O encontro foi requerido pelas senadoras Ana Amélia Lemos (PP/RS), Lídice da Mata (PSB/BA) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e presidida pelo senador Benedito de Lira (PP-AL), com o intuito de examinar os entraves existentes ao desenvolvimento regional do Brasil. Entre eles, os gargalos logísticos, a inclusão digital e a guerra fiscal.
Rodrigo Vilaça, um dos palestrantes do encontro, destacou a importância dos investimentos em infraestrutura para evitar que em pouco tempo o País tenha que frear o seu crescimento econômico devido aos a um apagão logístico. “Somos potencialmente muito bons economicamente. Mas, temos que reverter o quadro de fraqueza logística que impera desde 1980 no País para que possamos nos desenvolver internamente e externamente com sustentabilidade”, afirma Vilaça.
“O Brasil é tido como um País rodoviarista. No entanto, o transporte rodoviário é desregulamentado. É comum os motoristas de caminhão trabalharem mais de oito horas por dia, e a frota de caminhões, principalmente dos autônomos, é muito antiga, possui mais de 23 anos. Nos portos, há problemas com a lentidão das operações e a falta de acesso para trens. Em 2010, foram pagos mais de US$ 758 millhões só em demurrage (multa paga pela sobrestadia de navio no porto).
Os aeroportos estão um caos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, há mais de dez anos a população luta pela ampliação da pista de pouso de decolagem para que aviões de grande porte possam subir e descer com carregamento completo. Hoje, em função da pista ser muito pequena, as aeronaves só podem decolar com 60% da capacidade de carga”, completa Vilaça.
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