Pierre Mongin, diretor da RATP – empresa responsável pelo transporte ferroviário parisiense -, propôs a expansão da Linha-14 até o aeroporto de Roissy. Mas não conseguiu vender a sua ideia. Os argumentos contrários mostram que a linha já nasceria limitada e superada. Em 10 de maio, durante reunião do Comitê de Acompanhamento do projeto Gran Paris Express, o ministro das Cidades, Maurice Leroy, e o presidente regional, Jean-Paul Huchon, confirmaram a limitação da extensão em Saint-Denis -Preyel. Obviamente, segundo análise da publicação francesa Ville Rail & Transports, eles têm medo, apesar dos argumentos da RAPT, da saturação da Linha-14 no caso da prorrogação a Roissy.
Situação parecida ocorre na Linha-2 Verde do Metrô de São Paulo. A extensão da estação Sacomã até a de Tamanduateí incluiu na Linha 2-Verde mais 100 mil passageiros por dia, um acréscimo superior a 20% sobre o movimento registrado no período de testes, que começou em 2010. Somente na primeira semana de abril, o número diário de passageiros transportados pela linha bateu cinco recordes, quatro deles consecutivos. O maior volume registrado pelo Metrô foi no dia 08 de abril, quando 575.905 pessoas usaram o ramal.
“A linha da Paulista”, como é conhecida pelos paulistanos, deixou de ser a mais confortável e “civilizada” da cidade e se transformou em um “campo de batalha”, onde se vê engravatados se acotovelando para embarcar em carros cada vez mais lotados. Com isso, o Metrô SP está apostando em linhas alternativas, como a Linha 15-Branca, projetada para ligar os bairros de Vila Prudente e Penha, para desafogar a recém-inaugurada linha.
Sérgio Avelleda, presidente do Metrô SP, embora admita a superlotação na Linha 2 – Verde, afirma que quanto mais gente usar o metrô, melhor. Afinal, com o desenvolvimento do transporte público, pode-se diminuir o trânsito, a poluição e o número de acidentes. De acordo com Avelleda, para acompanhar o crescimento da demanda, o Governo do Estado comprou 16 novos trens que já estão operando na linha. Além disso, o sistema de sinalização está sendo trocado, e o CBTC (communication-based train control) será implantando em todas as linhas, com o objetivo de diminuir o intervalo de tempo entre os trens.
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