O governo Silval Barbosa vem recebendo sinais de que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pode ser aceito como o modal de transporte a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa do Mundo de 2014. O anúncio oficial só acontecerá na próxima semana, porém uma ligação telefônica entre o governador e a presidente da República, Dilma Rousseff (PT) deixou o Palácio Paiaguás convicto de que fez a escolha certa do modal.
Outro sinal partiu do deputado federal Wellington Fagundes (PR), que se reuniu com os ministros dos Esportes e da Casa Civil, Orlando Silva e Gleisi Hoffman, e recebeu o aval do ministro dos Esportes para a instalação do VLT. Antes, o Estado havia optado pelo Bus Rapid Transit (BRT).
“O Orlando Silva me repassou que o Ministério dos Esportes já tem um conhecimento técnico de que o VLT é o modal mais apropriado para Cuiabá. Agora a ministra Gleisi Hoffmann vai se reunir com a presidente Dilma para anunciarem a decisão na próxima semana”, declarou o parlamentar.
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O anúncio poderia ser feito nessa semana, mas por conta da agenda do chefe do Executivo fora da capital, em Cáceres ontem e em Rondonópolis hoje, a decisão deverá ser anunciada após a reunião do governador com a presidente, marcada inicialmente para a próxima segunda-feira. Apesar do telefonema da petista, Silval não quer anunciar antes de o governo federal fazer o anúncio oficial.
Com o aval da presidente, o governo do Estado não vai precisar aumentar a capacidade de endividamento para construir o VLT. Ao menos uma parte do custo do modal de transporte deverá ser financiada pela União.
Na semana passada, tentando convencer o governo federal a optar pelo VLT, Silval peregrinou pelos ministérios dos Transportes, Cidades e Casa Civil. Quando criada a Agência Executora das Obras da Copa do Mundo (Agecopa) pelo então governador Blairo Maggi (PR), o BRT foi o escolhido pelos governos do Estado e Federal como modal de transporte ideal para Cuiabá.
O governador esteve também na Secretaria do Tesouro Nacional (STN) pedindo a validação da capacidade de endividamento do Estado, que é de R$ 2,5 bilhões. Com isso o governo poderá fazer empréstimo e completar a diferença entre o projeto do BRT para o VLT. Enquanto o BRT foi orçado em cerca de R$ 500 milhões, o valor estimado para o VLT é de R$ 1,1 bilhão.
O argumento principal para a implantação do VLT é o de ser mais moderno e que ficará como legado para os cuiabanos. O veículo é mais rápido e tem capacidade parra transportar um maior número de pessoas por hora do que o BRT, que é uma espécie de corredor para ônibus.
Segundo fontes, Dilma já teria informado ao peemedebista, por telefone, sobre sua decisão.
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