Brasil gasta 10,6% do PIB com logística

Em 2010, o Brasil gastou R$ 391 bilhões com logística, valor que representa 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Para as empresas, o custo com logística representa 8,5% da receita líquida.


O percentual é bem superior ao dos Estados Unidos, que, no mesmo período, gastaram 7,7% do seu PIB com logística, o equivalente R$ 2,08 trilhões. Os números são da pesquisa Custos Logísticos 2011, divulgada hoje pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) e que apresenta os custos com logística no ano de 2010.


Para Maurício Lima, diretor de capacitação do Ilos e responsável pela pesquisa, o Brasil não investe o que deveria para diminuir os custos de logística das empresas.


“Para cada aumento de 1% do PIB, seriam necessários investimentos para garantir o aumento de 1% na capacidade de transporte”, frisou Lima, acrescentando que o Brasil deveria estar investindo cerca de R$ 70 bilhões, ou 12% do PIB, em logística por ano. “Hoje investimos cerca de R$15 bilhões na prática, mas sem qualidade”, afirmou.


Lima destacou que o país também perde “em todos os modais de transporte na comparação com outros BRICs” e ressaltou que “o que temos de logística retrata o Brasil da década de 1970”. Durante as décadas de 1980 e 1990, os investimentos no setor somaram cerca de 0,2% do PIB por ano.


Por outro lado, o aumento médio de 4,4% do PIB nos últimos anos e o crescimento do setor de serviços permitiu uma redução dos custos de logística no país em relação ao PIB, o que, para o pesquisador, reflete um quadro comum.


“Quando uma economia se desenvolve, o normal é o custo de logística diminuir”. No entanto, na ótica das empresas, o custo de logística em relação à receita líquida tem crescido. Em 2005 esse valor era de 7,4% em média. Hoje é de 8,5%.


A análise mostra que os gastos com transporte doméstico são os mais significativos, somando R$ 232 bilhões, o equivalente a 6,3% do PIB. Os gastos com transporte representam 54% dos custos médios das empresas e 4,6% do valor de sua receita líquida. Muito atrás, os gastos com estoque e armazenagem ficam praticamente empatados com 23% e 22% dos custos médios para as empresas, respectivamente. A distribuição é o que mais pesa para os custos de transporte das empresas, representando 46% do total. Atrás estão os gastos com transferência (28%) e suprimentos (26%).


O estudo revela o grande peso da matriz rodoviária no transporte de carga no Brasil. Sozinho, o custo do transporte rodoviário para as empresas é equivalente a 5,5% do PIB. O país tem 65,64% do total de toneladas por quilômetro útil (TKU) feito por rodovias. Em segundo lugar, as ferrovias representam apenas 19,49% do TKU. Os Estados Unidos transportam por ferrovias 38% do TKU e 28% do TKU por rodovias.


Para Lima, a concentração do transporte no modal rodoviário é uma desvantagem competitiva. Se o Brasil tivesse uma matriz de transporte de cargas semelhante à dos Estados Unidos, teríamos uma economia de cerca de R$ 90 bilhões, segundo ele.


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