Ceará recebe exposição sobre ferrovias históricas

No livro a “Era das Revoluções”, o historiador britânico Eric Hobsbawm chama a atenção do leitor para a potência simbólica despertada com o aparecimento do sistema ferroviário. Assim, em suas palavras, ele enfatiza: “nenhuma outra inovação da revolução industrial incendiou tanto a imaginação quanto a ferrovia, como testemunha o fato de ter sido o único produto da industrialização do século XIX totalmente absorvido pela imagística da poesia erudita e popular (…). A estrada de ferro, arrastando sua enorme serpente emplumada de fumaça, à velocidade do vento, através de países e continentes”.


A Revolução Industrial, que se processou na Europa, sobretudo na Inglaterra, a partir do século XIX, surgiu quando os meios de produção passaram a se concentrar em grandes fábricas, como consequência do emprego da máquina na produção de mercadorias. O aumento do volume de produtos e a necessidade de transportá-los com rapidez e agilidade fizeram com que os empresários ingleses apoiassem o projeto de George Stephenson (1781-1848). O inventor foi o pioneiro que obteve resultados concretos com a construção de locomotivas, dando início à era das ferrovias.


Anos depois, no Brasil, a primeira ferrovia foi concedida, em 1852, a Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá. O trecho contemplado percorria a Baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, e seguia em direção à cidade de Petrópolis (RJ). O trajeto tinha 14,5 quilômetros de extensão, sendo inaugurada no dia 30 de abril de 1854 por Dom Pedro II. A partir de então, foram construídas várias ferrovias pelo País.


Exposição


A ferrovia foi de grande importância para o desenvolvimento do Ceará. Sua história começa com a implantação dos trilhos, ainda na época do Império, em 1870, para a construção do primeiro ramal entre Fortaleza e Parangaba. O trem de carga e de passageiros encurtou distâncias e facilitou a comunicação entre Fortaleza e o restante do Estado. A história do trem cearense é rica em relatos e personagens.


Trajetória cuidadosamente retratada pela exposição “Memórias e Histórias nos Caminhos de Ferro do Ceará”, que será inaugurada, hoje, às 19h30, no Centro Cultural do Crea. A mostra, com curadoria assinada pelo engenheiro aposentado José Hamilton Pereira e pelo jornalista Túlio de Souza Muniz, é composta por dez objetos, dentre eles um relógio, aparelho telegráfico, telefone, lanterna, dois protótipos de locomotivas antigas, sino, um deodolito, um pedaço de trilho, farol de locomotiva e datador de bilhete, além de 30 fotografias.


As fotos representam o período que vai do final século XIX até o início do século XXI. Elas são provenientes dos arquivos do pesquisador Nirez, do Museu Ferroviário, Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e Metrofor, do curador Hamilton Pereira e de Assis Lima. Durante a abertura da exposição será exibido um compacto do documentário “O Último Apito”, do memorialista Aderbal Nogueira, e com a produção de Maristela Mafuz. O vídeo traz depoimentos de personagens ligados a história da ferrovia no Ceará.


São relatos emocionados de ex-ferroviários, resgatando aspectos históricos, desde a implantação da estrada de ferro no fim do século XIX até a desativação do trem de passageiro na década de 1980.


MAIS INFORMAÇÕES


Abertura da exposição Memórias e Histórias nos Caminhos de Ferro do Ceará, hoje, às 19h30, no Centro Cultural do Crea-CE (Rua Castro e Silva, 81, Centro). Visitas de segunda-feira a sexta-feira, das 14 às 18 horas. Segue em cartaz até 31 de outubro.

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