Editorial: Desafios da ‘Macrópole Paulista’

*Editorial


O governo do Estado de São Paulo pretende investir em estações-garagem do metrô nos próximos anos com o objetivo de reduzir o número de veículos de municípios vizinhos que circulam diariamente na capital. Pelo Plano de Expansão da Companhia do Metropolitano de São Paulo, as cinco principais rodovias que desembocam na cidade – Bandeirantes, Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Dutra e Anhanguera – ganharão novos ramais e bolsões de estacionamento entre 2020 e 2030.


Essas obras deveriam ser incluídas entre as prioridades tanto do governo estadual como das prefeituras das cidades médias vizinhas da capital. E vizinhos são a rigor todos os municípios localizados no raio de 200 quilômetros de São Paulo, dentro da chamada Macrópole Paulista, uma nova cidade-região que poderá ser criada por lei até o fim do ano.


Na última década, a mancha urbana ao redor da capital praticamente dobrou. O processo de conurbação do entorno de São Paulo reuniu 153 das 645 cidades paulistas. Esses municípios representam 27% do PIB do País, produzem 80% de toda a riqueza do Estado e reúnem 30 milhões de habitantes, o equivalente a 72% da população de São Paulo. A nova cidade-região dará ao governo um instrumento legal para planejar e financiar políticas públicas compartilhadas e, neste caso, a melhoria do transporte público é prioritária.


Essa imensa conurbação engloba três regiões metropolitanas – as de São Paulo, Baixada Santista e Campinas -, além de aglomerados urbanos, como São José dos Campos, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba. Desses centros partem diariamente 2 milhões de pessoas rumo ao trabalho ou ao estudo, fora dos municípios em que residem. Estima-se que aproximadamente 1 milhão vem para a região metropolitana de São Paulo e, desse total, mais de 671 mil têm como destino o centro expandido da capital.


Esse movimento congestiona as rodovias desde a madrugada até a metade da manhã. No fim do dia, os congestionamentos começam por volta das 17 horas e vão até as 21 horas em muitas das estradas. O impacto desses deslocamentos na região metropolitana é enorme. Ele é responsável por danos ao meio ambiente, pelo agravamento dos congestionamentos e, indiretamente, pelo aumento da violência no trânsito. Tudo isso torna urgente a necessidade de ampliar e melhorar os serviços públicos. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, é obrigada a investir cada vez mais na manutenção de ruas e avenidas e em engenharia de trânsito.


Aos milhares de veículos que vêm de outros municípios, somam-se os comboios de ônibus fretados transportando trabalhadores e estudantes. Sem estrutura adequada para recebê-los, os principais corredores sofrem com o embarque e desembarque improvisados em pontos de ônibus do sistema formal ou em filas duplas.


É essencial, portanto, criar condições para que essa população itinerante, que equivale à de municípios como Guarulhos e Campinas, chegue e saia da cidade de uma maneira mais organizada, segura e confortável. Quanto mais rapidamente isso for feito, menos prejuízo haverá para a economia e para a qualidade de vida da população.


O plano de expansão do metrô precisa ser complementado por outros projetos, como o do Expresso ABC – uma linha de trem planejada para diminuir de 16 para 3 o total de paradas entre a capital e cidades da região, com redução do tempo de viagem para a metade do exigido hoje. O Expresso Jundiaí, que ligará o município à capital em um percurso de 45 quilômetros a ser feito em 25 minutos, também precisa ser colocado entre as prioridades do governo. E o Ferroanel, projeto estudado desde a década de 1990 e que será finalmente executado, retirará milhares de caminhões das ruas de São Paulo, uma vez que o volume de 80 mil contêineres que hoje chegam de trem anualmente ao Porto de Santos poderá ser elevado para 1,5 milhão.


Soluções e bons planos existem. Resta implantá-los na velocidade certa.

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