Artigo: O melhor pro Rio

Por Regis Fichtner


Em 1998, o estado realizou a licitação da Linha Quatro do metrô. O objetivo era fazer a ligação da Barra da Tijuca com o sistema metroviário existente. Em razão disso, o edital previu que seriam construídas as estações Jardim Oceânico, São Conrado e Gávea, e que o vencedor escolheria o melhor trajeto para conectá-las à Linha Um. Como a estação Botafogo era a mais próxima da então existente, o licitante escolheu o trajeto via Humaitá para se conectar à Linha Um em Botafogo. Passaram-se 12 anos e o estado não executou as obras da Linha Quatro. Neste tempo, foram construídas as estações de Copacabana, e a General Osório, em Ipanema. Quando o atual governo tomou a decisão de implementar a Linha Quatro, a estação mais próxima da Gávea não era mais Botafogo, mas General Osório.


O metrô subterrâneo é o melhor sistema de transporte urbano existente. Ele tem uma capacidade enorme de carregamento, melhora o trânsito e traz efeitos benéficos ao meio ambiente, retirando das ruas carros e ônibus. Por isso, em todo o lugar do mundo, o metrô é sempre realizado prioritariamente onde está a maior concentração de pessoas e onde beneficie o desenvolvimento estratégico da cidade.


Estudos demonstram que o metrô, se seguisse o trajeto via Humaitá, carregaria cerca de 142 mil passageiros por dia, enquanto que no trajeto a Ipanema carregará cerca de 342 mil passageiros. Pelo Humaitá teríamos menos 850 veículos/hora nas ruas, ao passo que por Ipanema teremos menos 2 mil. Além disso, o metrô foi licitado de forma que o passageiro teria que pagar uma tarifa de cerca de R$ 12, tendo que baldear em Botafogo e pagar mais R$ 3,10 para chegar ao Centro. Seria a passagem mais cara do mundo. No trajeto escolhido pelo atual governo o passageiro não precisará fazer baldeação na estação General Osório para seguir pela Linha Um, e pagará apenas o valor de R$ 3,10 para utilizar toda a malha metroviária existente. O passageiro da Barra levará apenas 33 minutos para chegar à estação Carioca, no Centro. Ressalte-se ainda que a estação da Gávea será preparada para que o metrô seja continuado para uma futura ligação ao Centro da cidade via Humaitá.


A operação do metrô se encontra prejudicada pela falta de trens. Desde que foi iniciada não se comprou trem novo. Isso faz com que o tempo entre os trens chegue a seis minutos, causando superlotação. É compreensível, portanto, que as pessoas que não conhecem o metrô tenham a percepção de que o prolongamento da Linha Um, colocando mais pessoas no sistema, pudesse fazer com que os trens ficassem mais cheios. Acontece que já foram comprados 114 novos carros, que começam a chegar no ano que vem, o que eliminará a superlotação. Para a Linha Quatro serão comprados mais 102 carros. E não se diga que a conexão Linha Quatro/Linha Um, que terá 29 km, será muito longa. Outros metrôs têm linhas muito mais longas (Londres 74 km, Xangai 63 km, Nova York 49 km, Seul 60 km etc.) e operam normalmente.


A orla da cidade do Rio de Janeiro é um polo de lazer e atração turística. Dotá-la de um sistema de transporte rápido, seguro, que diminua os engarrafamentos e melhore o meio ambiente colaborará em muito para tornar a nossa cidade ainda mais maravilhosa.


*Regis Fichtner é secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Rio de Janeiro.

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