A China planeja gastar 42% a menos com a construção de ferrovias em 2012 em comparação com os 700 bilhões de yuan (US$ 110 bilhões) gastos em 2010, depois que um acidente com trens em julho matou cerca de 40 pessoas no país.
Nesta sexta-feira, o ministro de ferrovias do país, Sheng Guangzou, informou que serão gastos 400 bilhões de yuan em infraestrutura ferroviária no ano que vem.
Em entrevista coletiva, Sheng enfatizou que a expansão do sistema ferroviário continua sendo importante para a economia e o desenvolvimento social do país. Mas ele reconheceu que o ministério, endividado, não tem mais um cheque em branco para gastar e disse que “ainda há muito a fazer para coletar fundos suficientes para os projetos”, conforme reportou a agência de notícias Xinhua.
O ministério teve um ano difícil. Funcionários do alto escalão foram afastados em meio a denúncias de corrupção, problemas técnicos atrasaram a inauguração do trem-bala entre Xangai e Pequim e o acidente de julho abalou a confiança do governo de que sua tecnologia seria o novo padrão global.
A partir do segundo semestre do ano, os investimentos em projetos ferroviários foram praticamente paralisados e a previsão é que em 2011 o volume total feche na casa dos 469 bilhões de yuan. Hoje, Sheng disse que há “severos desafios” para garantir a segurança e a qualidade da construção, já que o sistema está aumentando rápido demais.
Analistas concordam que o país, no entanto, precisa de pesados investimentos no setor e que qualquer desaceleração no ritmo de aportes poderia ser sentida no mundo todo.
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