Falando na Assembléia Geral da UIC, no último dia 8, em Paris, o empresário Guilherme Quintella, presidente da EDLP e Chairman da UIC na America Latina, provocou os seus pares a se prepararem para disputar a licitação do TAV Rio – SP – Campinas, no começo do segundo semestre de 2012. Segundo ele, o TAV não é uma decisão apaixonada do governo brasileiro, mas sim o resultado de estudos que indicam que é esta a única solução capaz de atender a demanda de passageiros entre Rio e São Paulo, que deve triplicar nos próximos 10 anos. “Se não tivermos o TAV em 2019, é possível que tenhamos que fazer rodízio entre passageiros que queiram se deslocar para entre as duas capitais”, brincou Quintella. Ele entende que com o novo modelo haverá disputa entre os operadores e detentores de tecnologia e não faltarão interessados na primeira fase do leilão.
Estavam presentes na assembléia o Yoshio Ishida, vice Chairman da JNR e Chairman da UIC; Guillaume Pépy, presidente da SNCF; Mauro Moretti, CEO da Ferrovie dello Stato, e altos executivos de todas as ferrovias européias e asiáticas.
Além do TAV, Guilherme apresentou os projetos dos trens regionais da CPTM para Jundiaí, Sorocaba e Santos e, na carga, o projeto da Contrail e as novas ferrovias em construção no Brasil.
Em fevereiro, a UIC, como já fez para outras regiões, deverá promover um encontro com o Banco Mundial, BID e CAF (Comissão Andina de Fomento) onde pretende montar um pacote de financiamento de US$ 12 bilhões para as ferrovias na America Latina.
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