Transporte ferroviário da ALL cresce 284% em 14 anos

A infraestrutura logística do Brasil tem o grande desafio de desenvolver a intermodalidade,  principalmente  em importantes polos econômicos, como é o caso do Rio Grande do Sul. Neste cenário, o transporte de cargas pelo modal ferroviário  apresenta  um papel relevante. Concessionária responsável pela Malha  Sul,  a  ALL – América Latina Logística tem sido uma importante peça neste desenvolvimento. Nos últimos dois anos, mais de mil vagões foram descarregados no Porto do Rio Grande.


Especificamente no Estado  gaúcho,  o  volume transportado pela companhia ferroviária  apresentou  um crescimento de 284% nos últimos 14 anos. Passou de  2,5  milhões  de toneladas por quilômetro útil (TKU), em 1997, para 9,6 milhões  de  TKU. Esse crescimento na operação foi acompanhado pelo aumento da  segurança  na  operação. Entre 1997 e 2010, houve uma redução de 90% de acidentes por TKU.


A  economia  é um  grande diferencial do modal ferroviário. Ajustadas pela inflação,  as  tarifas  utilizadas pela ALL estão entre 30% e 35% abaixo de 1996.  E  o  aumento do volume ferroviário gerou excesso de oferta no modal rodoviário, causando uma redução no preço no frete em todo o Estado.


De acordo com o gerente de Relações Corporativas e Aduaneiras da ALL no RS, Miguel Ângelo Evangelista Jorge, é importante ressaltar o comprometimento das   empresas   privadas   na  atualidade,  proporcionando  o  aumento  da produtividade  no  Brasil,  em  especial  no Estado, e a queda do índice de acidentes.  “ɠ importante contextualizar o atual cenário com o passado e o futuro  do  modal  ferroviário, bem como relembrar a falta de investimentos nas  ferrovias  antes  da  concessão e mostrar a necessidade da expansão da malha, assim como da intermodalidade”, explica.


Regiões


A operação  da  companhia  no  Estado envolve três grandes regiões: Região Metropolitana  de  Porto  Alegre,  Cruz Alta/Santa Maria e na Região de Rio Grande,  onde  est` localizado  o principal porto gaúcho. Nos últimos dois anos, a média foi de 1.161 vagões descarregados em Rio Grande.


Este  ano,  a  implantação  do chamado trem expresso para a movimentação de arroz  ensacado no RS foi um dos destaques da ALL. O trem com 45 vagões tem rota  direta  de  Uruguaiana  para  o terminal da Brado Logística, em Tatuí (SP),  de onde é distribuído para o mercado consumidor. A operação permitiu à companhia reduzir o tempo de trânsito do produto de 15 para cinco dias.


Em agosto, a ALL iniciou a primeira operação de biodiesel entre Esteio (RS) Araucária (PR), oferecendo uma opção de logística confiável e competitiva e entrando em um mercado promissor. Essa operação atende um mercado potencial de 25 milhões de litros por mês entre os dois Estados.


Estado


A América Latina Logística – ALL é a maior empresa independente de serviço de  logística  da América Latina e companhia ferroviária do Brasil que mais cresce.  No  Rio  Grande  do  Sul,  possui  cerca de 3,1 mil quilômetros de ferrovia,  estado  que  detém  a  maior Unidade de Produção da companhia em extensão.  Transporta  em  média  500 vagões/dia e apresenta um crescimento médio  de  10%  ao ano. Ao todo, a ALL gera mais de mil empregos diretos, além de 2,5 mil indiretos no Estado.


A empresa possui parcerias com terminais intermodais (tráfego ferroviário e rodoviário)  para  movimentação de cargas em Porto Alegre, Cruz Alta, Passo Fundo,  Cacequi,  Uruguaiana,  Esteio  e Vacaria. Os terminais realizam uma operação  logística  completa,  que inclui a gestão de armazéns, centros de distribuição e estoques. As traders de commodities agrícolas e cooperativas são os clientes tradicionais de ferrovia, que transportam grandes volumes de cargas a granel, que são movimentadas mais eficientemente por meio de ferrovias, como soja, trigo, milho, fertilizantes e arroz.


O transporte de produtos industrializados pela ALL vem  crescendo substancialmente no RS em setores como  frigorificados, siderúrgicos, petroquímicos, papel e celulose,  materiais de embalagens, combustíveis, construção civil, alimentos, madeira, polietileno, entre outros.

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Fonte: Diário Popular (RS)

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