Superlotada desde o fim do ano passado e instalada em um prédio tombado, a Estação Luz, no centro da capital paulista, deve passar por três mudanças significativas para não colocar em risco as estruturas históricas nem a segurança dos passageiros. E as obras devem começar no início do ano que vem.
Segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, o local foi planejado para receber cerca de 20 mil pessoas por dia, mas é usado por mais de 465 mil desde novembro do ano passado. Naquele mês, foi inaugurada a Linha 4-Amarela do Metrô.
A primeira obra – e mais urgente – é a abertura de mais saídas para os passageiros. “Vamos construir duas saídas novas para a Avenida Cásper Líbero”, diz o secretário. Essas portas vão facilitar a passagem de usuários em uma das duas galerias subterrâneas que interligam as plataformas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) às Linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô. Fernandes diz querer que as obras para a abertura das novas passagens estejam contratadas até o fim do ano.
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A segunda alteração será o prolongamento do Expresso Leste – linha especial paralela à Linha 11-Coral da CPTM – até a Estação Barra Funda, na zona oeste, passando pela Luz. Com a mudança, parte dos usuários deixará de embarcar na Luz, o que deve desafogar a estação.
“Também vamos fazer o Expresso ABC chegar até a Barra Funda”, diz o secretário. Essa linha, planejada para começar a funcionar até 2014, também tinha como ponto final previsto a Estação Luz. No entanto, a lotação na estação mudou os planos para o futuro ramal.
A situação da Luz até já havia provocado uma mudança na Linha 10-Turquesa, que liga São Paulo ao ABC. Antes com parada final na estação histórica, o ramal agora para no Brás, com integração com a Linha 3-Vermelha. “Com o Expresso ABC, essa região voltará a ter acesso direto à Luz”, promete Fernandes.
Esteira. A terceira mudança (tida como mais “embrionária” pelo governo do Estado) será a construção de um túnel entre as Estações Luz e Júlio Prestes. As paradas estão a cerca de 400 metros uma da outra, mas não têm conexão. A ideia é fazer uma passagem com esteiras rolantes, que poderiam ser usadas especialmente por pessoas que queiram ir à Sala São Paulo (na Júlio Prestes) e ao Museu da Língua Portuguesa (na Luz).
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