O governo do Estado abriu ontem processo para terceirizar o desenvolvimento da Linha 18-Bronze, o monotrilho do metrô que vai ligar a capital ao ABC. A iniciativa privada tem dez dias de prazo para responder ao ‘chamamento público’ e seis meses para apresentar suas propostas. A previsão é de que a primeira etapa da nova linha esteja em operação até 2015.
Esse ramal tem linhas de crédito aprovadas pelo governo federal, via Caixa Econômica Federal. Já em 2015, o novo modal deverá atender uma média de 295,5 mil passageiros por dia. Mas a previsão é de que, em até 15 anos, esse número suba para 472 mil usuários diários. O orçamento estimado para a linha é de R$ 4,1 bilhões. Trata-se da primeira linha do metrô a sair da cidade de São Paulo.
A proposta é que a obra seja dividida em duas fases. Na primeira etapa, os trens vão sair da Estação Tamanduateí – ponto de interligação entre a Linha 2-Verde do Metrô com a Linha 10-Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – e vão seguir por São Caetano do Sul, pela Avenida Guido Aliberti, antes de circular na divisa entre Santo André e São Bernardo do Campo, na Avenida Lauro Gomes. De lá, o monotrilho continuará até o Paço Municipal de São Bernardo do Campo, pela Avenida Pereira Barreto.
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Essa primeira etapa tem 14 quilômetros de extensão, com 12 paradas que serão servidas por 20 trens. A projeção é de o intervalo entre os trens ser de menos de três minutos (168 segundos). Em 2016, quando a segunda etapa estiver concluída (até o bairro Alvarenga), o intervalo deve cair para 113 segundos e a frota, subir para 40 trens.
Ônibus. Pelo texto, publicado no Diário Oficial do Estado, o projeto também deve conter um plano para reorganização do transporte coletivo do ABC. A área é a única da região metropolitana sem um contrato de concessão para as empresas de ônibus intermunicipais – o que existe são empresas que operam em regime de ‘permissão precária’. O projeto do monotrilho poderá unir a operação do novo trem e dos ônibus intermunicipais em um único esquema de concessão. A região do ABC é a única área da Grande São Paulo em que a maioria dos habitantes usa carro no lugar de transporte público nas viagens diárias para trabalho e estudo.
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