Sócia do consórcio que arrematou a concessão do aeroporto de Viracopos, a Triunfo Participações adiantou que pretende ajudar a viabilizar uma via férrea para acesso ao terminal aéreo.
“Vamos ter um trem, não sei se é de alta velocidade, mas nós vamos ter um trem”, disse a jornalistas nesta segunda-feira, o presidente da Triunfo, Carlo Botarelli. “Nós vamos ajudar a viabilizar o investimento no trem”, adicionou, sem dar mais detalhes.
O aeroporto de Viracopos, em Campinas, será operado pelo consórcio Aeroportos do Brasil, que além da Triunfo inclui a francesa Egis Airport. Para arrematar o terminal no interior paulista o grupo ofereceu R$ 3,8 bilhões, um aumento de cerca de 160% sobre o mínimo do edital.
Leilão
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O governo arrecadou R$ 24,5 bilhões com o leilão dos aeroportos de Guarulhos (Cumbica-SP), Campinas (Viracopos-SP) e Brasília (Juscelino Kubitschek). O valor é 347% superior aos R$ 5,482 bilhões de lance inicial pelos três aeroportos.
O consórcio formado pela Invepar, com a ACSA, da África do Sul, como operador, venceu o leilão de concessão do aeroporto de Guarulhos. O lance foi de R$ 16,2 bilhões, com ágio de 373,5%. O mínimo era de R$ 3,4 bilhões.
Já o consórcio Inframérica, com a Corporación América (Argentina) como operador, venceu o leilão de concessão do aeroporto de Brasília. O lance foi de R$ 4,5 bilhões, com ágio de 673%. O mínimo era de R$ 582 milhões.
Perfil
O consórcio que levou o aeroporto de Guarulhos é formado pela Invepar (90%) e ACSA (10%). A Invepar é formada pela OAS e por fundos de pensão estatais. Já a ACSA opera nove aeroportos na África do Sul –entre eles os da Cidade do Cabo e Johanesburgo– desde 1993, quando foram privatizados. As unidades recebem 38 milhões de passageiros ano. Tem entre seus sócios a Aeroporti Di Roma (Itália).
Já o grupo que conquistou o aeroporto de Campinas (SP) é formado por Triunfo (45%), UTC (45%) e Egis Avia (10%). A Egis trabalha em várias áreas da aviação civil. Opera 11 aeroportos no mundo, com 13 milhões de passageiros por ano, entre eles os da Costa do Marfim, Gabão e da Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa.
O Inframérica, que levou Brasília, é formado por Infravix (50%) –uma empresa do grupo Engevix– e Corporación América (50%). A Corporación América controla 40 aeroportos em países como Equador, Peru, Itália e Armênia. A principal operação é na Argentina, onde ganhou a privatização de 33 aeroportos que movimentam 23 milhões de passageiros ano. É a operadora do primeiro aeroporto privatizado no Brasil (São Gonçalo do Amarante, em Natal) que ainda será construído.
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