A Ferrovia Transnordestina entrará na fase de montagem da superstrutura (colocação de trilhos e dormentes) no próximo dia 10 de abril, no município de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. É o que informa a Odebrecht Infraestrutura, que juntamente com a Transnordestina Logística S.A, é responsável pela obra. Segundo balanço do andamento da obra, 50% da infraestrutura estão prontos, com o trecho entre Salgueiro e Verdejantes concluído e a região próxima ao município de São José do Belmonte em fase de conclusão.
Quando estiver concluída, a Transnordestina vai ligar o município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), seguindo até Porto Real do Colégio (AL), onde se interligará com a Ferrovia Centro-Atlântica. Ao todo, são 1.728 quilômetros em construção e outros 560 quilômetros em recuperação, totalizando 2.288 quilômetros.
O custo da obra é estimado em R$ 5,42 bilhões – dos quais R$ 1,3 bilhão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), controladora da Transnordestina Logística, e R$ 164,6 milhões da União. O restante provém de financiamentos públicos (Finor, FNE, BNDES e FDNE).
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Com a conclusão prevista para 2010, o trecho Salgueiro/Suape está com dois anos de atraso. Entre as principais dificuldades alegadas pelo consórcio executor da obra estão os atrasos nas desapropriações, executadas pelos governos estaduais, e nas licenças ambientais.
No mês passado, a presidente Dilma Rousseff esteve em Pernambuco e no Ceará para vistoriar as obras da Transnordestina e da Transposição e cobrou agilidade no andamento das obras, com cumprimento dos prazos estabelecidos. Na ocasião, Dilma teria deixado claro que o governo federal não pretende revisar os valores da obra.
As principais cargas transportadas pela ferrovia serão álcool, algodão (caroço e pluma), argila, arroz, biodiesel, cal, cimento, contêineres, diesel, farelo de soja, fertilizantes, gasolina, gesso, gipsita, milho, óleo de soja, soja e minério de ferro.
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