A presidente Dilma Rousseff quer mais estudos sobre o trem-bala. O pedido do Planalto pode atrasar o início do processo de concessão.
Dilma recebeu anteontem o ministro Paulo Passos (Transportes) e integrantes da área técnica para uma apresentação do novo modelo de concessão. A presidente pediu para que o modelo continue em estudos.
O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Bernardo Figueiredo, disse que, após a aprovação da presidente, seria lançada a audiência pública do novo formato de concessão do projeto. A expectativa era que isso ocorresse em abril para que a licitação fosse feita ainda neste ano.
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O primeiro leilão do trem-bala no ano passado fracassou por falta de interessados. Pelo modelo, uma só empresa compraria trens, construiria a linha e estações e operaria o sistema. Venceria quem oferecesse a menor tarifa.
Após o fracasso, a ANTT montou um modelo em que uma empresa vai operar os trens e outra vai construir a linha e as estações. O governo vai receber do operador de trens e pagar ao construtor. Se o valor for insuficiente, a União bancará a diferença.
A apresentação feita para a presidente ainda tinha lacunas. Não havia definição, por exemplo, se o melhor seria que as receitas comerciais e imobiliárias das estações e do entorno ficassem com o operador dos trens, com o construtor das linhas ou com a Etav, estatal que será sócia do empreendimento.
No mercado, a informação é que não houve pessoal suficiente trabalhando para construir o novo modelo. Os técnicos estavam voltados para o edital dos aeroportos.
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