Artigo: Omissões, avanços e desafios

* Gilberto Kassab


São Paulo tem uma complexa rede de transportes públicos. São 6 milhões de usuários por dia para 15 mil ônibus, que percorrem praticamente os 17 mil km de malha viária do município. Essa grandeza requer esforço coordenado, planejamento amplo.


A SPTrans, a CET e as subprefeitura discutem com moradores do Jardim Ângela melhorias do transporte na região.


Omissões de administrações anteriores estão sendo superadas: em 2010, implantamos a faixa reversível de 2,5 km, que representa um ganho de 50% no tempo de viagem do terminal Jardim Ângela ao terminal de Santo Amaro.


Em fevereiro de 2011, a faixa reversível teve seu tempo ampliado em uma hora. Em abril daquele ano, também foram criadas seis linhas noturnas. Está previsto ainda o monotrilho da estrada do M’Boi Mirim até o Jardim Ângela.


Após 30 anos, a prefeitura voltou a investir no metrô (em breve serão R$ 2 bilhões) – o governo do Estado decide onde aplicar os recursos. Por exemplo, na extensão da linha 5-Lilás até o Jardim Ângela, como reivindica a região.


Como prefeito e governador, José Serra investiu muito em transporte, assim como Geraldo Alckmin. Basta lembrar a continuação do Rodoanel e a ampliação das marginais do Tietê.


Vamos assim somando verbas com parcerias sérias, acima das paixões partidárias, com o Estado e a União, para projetos prioritários.


Estou convicto de que o sistema de transporte público deve se basear na combinação entre ônibus e trilhos -solução que certamente terá a atenção do futuro prefeito. Nessa direção, em 2005, fizemos a integração do Bilhete Único com o metrô e com os trens da CPTM.


E, para ter um sistema de ônibus rápido e confortável, a prefeitura renovou, de 2005 a fevereiro de 2012, 83% da frota: 12.516 novos veículos. Entre 2009 e 2011, foram 4.534 ônibus novos, 30% do total, superando meta da Agenda 2012 de trocar 25% da frota entre 2009 e 2012.


Essa renovação proporcionou outros avanços. Mais da metade (7.905 veículos) dos ônibus passou a ser acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Houve a criação do programa Ecofrota, de 2011, que fixa 2018 como prazo para que todo o sistema use combustíveis limpos -e, de janeiro de 2011 a fevereiro de 2012, já reduzimos em 7% os poluentes dos ônibus.


Outro avanço foi o aumento do número de lugares nos ônibus, de 532,6 mil para 557,1 mil no horário de pico. É um crescimento de 4,6%, contra um aumento de 2,84% na demanda de passageiros.


Neste ano, nossa meta é aumentar em 15% a velocidade média dos ônibus em relação a 2010. Isso terá os mesmos efeitos da soma de 2.250 ônibus à frota atual. E já em 2011 a velocidade média foi 7% maior que em 2010.


Em 2005, investimos na remodelação e na conclusão do Expresso Tiradentes, obra que, por duas administrações anteriores, consumiu expressivos recursos, mas andou a passos de tartaruga.


Inaugurado em 2007, o Expresso vai do Sacomã ao parque Dom Pedro, um percurso de 8 km, em 13 minutos -antes, eram 50 minutos.


Na pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) de janeiro, o Expresso Tiradentes teve 81% de aceitação como melhor transporte público da cidade.


Em breve, abriremos licitação para 68,5 km de corredores de ônibus, em regiões como a Radial Leste, Itaquera, Campo Limpo e Santo Amaro. Há obras e manutenção em corredores já existentes, como o da avenida Rebouças, cuja reforma termina em maio.


O gigantismo dos problemas desafia nosso plano integrado de transporte. Um trabalho sério, que busca recuperar os atrasos e a falta de planejamento do passado. Os resultados até aqui obtidos nos animam a seguir lutando e derrubando impossibilidades.


*Gilberto Kassab, 51, engenheiro e economista, é prefeito da cidade de São Paulo. Foi secretário municipal de Planejamento (gestão Pitta).

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