O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra, disse que as questões apontadas pelo levantamento da DB International já foram diagnosticadas por estudos contratados pela Secretaria de Portos (SEP) em 2008 e têm soluções encaminhadas. Não somente no que se refere à movimentação de contêiner, mas às demais cargas. Em relação aos gargalos dentro do porto, Serra afirma que todos serão solucionados com obras que constam do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A mais avançada é a dragagem. “É de conhecimento mundial que os portos brasileiros estão sendo aprofundados. E Santos já está concluindo sua dragagem para 15 metros”. A Codesp já solicitou à SEP estudos para a segunda fase da dragagem, que rebaixará o canal a 17 metros.
Ainda no quesito aquaviário, Serra disse que neste ano será lançada a licitação do sistema de monitoramento VTMIS. “Nunca estivemos tão próximos da adequação [da profundidade] dos portos”. Serra discorda do argumento de insuficiência de berços de atracação. “O porto atingiu quase 3 milhões de Teus em 2011, vem modernizando seus terminais, acrescentando mais berços e, sobretudo, construindo novas instalações”. Segundo ele, já em 2013 com os novos terminais e a modernização dos existentes será possível ofertar 8 milhões de TEUs de capacidade contra demanda prevista de 4, 25 milhões de TEUs.
Em relação aos acessos rodoviários inadequados, destacou que diversos trechos da avenida perimetral da margem direita (Santos) estão concluídos ou em execução. E que o que falta ser feito está com projeto executivo avançado. O objetivo é ter em até três anos as duas perimetrais (também será construída uma na margem esquerda, Guarujá) concluídas. As perimetrais, com diversos viadutos, irão reduzir quase a zero os entroncamentos rodoferroviários.
Em relação às áreas externas ao porto, Serra destacou que existe uma ação capitaneada pela SEP que reúne Codesp, governo de São Paulo, concessionárias das ferrovias, e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para combater os gargalos.
Além disso, afirma que o Serviço Federal de Processamento de Dados está desenvolvendo um projeto de inteligência da chegada da carga. Hoje, 85% dos contêineres que acessam Santos o fazem no horário comercial, o que gera picos de congestionamento.
Seja o primeiro a comentar