A Bayer está trazendo para o mercado ferroviário brasileiro uma tecnologia que promete aliar mais estabilidade e menor ruído na via permanente. Trata-se de uma espuma de poliuretano que, ao ser injetada na brita, forma um composto – o Durflex® –, o qual preenche os espaços entre as pedras, auxiliando na fixação do lastro e dos trilhos. O produto foi apresentando em São Paulo nesta quarta-feira, 27, durante o Painel Ferroviário – seminário técnico que tem como objetivo divulgar as novas tecnologias em materiais para a indústria ferroviária.
O intuito é que a via permanente fique mais estável, requerendo menos manutenção. De acordo com testes realizados pela empresa em ferrovias da Alemanha e da China, o lastro fixado com a espuma de poliuretano cedeu menos que o lastro comum – desde que o produto começou a ser testado, há cinco anos, não necessitou de socaria. Além disso, o material registrou redução da vibração e dos ruídos na via permanente, além de não propagar chamas e poder ser reciclado ao final de sua vida útil (estimada em mais de 30 anos).
Para ser aplicado, o produto necessita de um trem específico que seca a brita antes da aplicação, aplica o poliuretano e faz a cura do polímero. Segundo Fernanda Porto, supervisora do laboratório de desenvolvimento de espumas de poliuretano da Bayer, a intenção é apresentar o material ao Brasil e procurar parcerias para a realização de testes em ferrovias nacionais. “A ideia é mostrar que esse é um projeto mundial. Estamos aprendendo, e por isso queremos escutar as necessidades do mercado”.
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O painel também contou com mais três palestras sobre novas soluções em composites, plásticos de engenharia e adesivos para a indústria ferroviária, ministradas pelas empresas Masterpol, Elekeiroz e Rhodia, além de uma introdução sobre os desafios e oportunidades do setor ferroviário, apresentada pela Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer).
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