A grande expansão do metrô se deu na década de 70, quando foi inaugurada a Linha 1-Azul em 1974 e a Linha 3-Vermelha em 1979. A Linha 2-Verde, também projetada na década de 70, foi inaugurada somente em 1991. A primeira fase da Linha 5-Lilás ficou pronta em 2002 e a Linha 4-Amarela teve a primeira etapa entregue entre 2010 e 2011. Com a inauguração da Linha 4, o movimento da estação Sé, antes principal ligação do sistema e única entre as linhas Azul e Vermelha, diminuiu cerca de 18%. “Os fluxos foram alterados e hoje a estação Paulista está sobrecarregada. Há problema na integração das estações, que deve ser resolvido com a Linha 5. O que é muito radial tende a se tornar periférico”, afirma o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô de São Paulo (Aeamesp), José Geraldo Baião.
Além do espaço físico apertado nas estações para o movimento no horário de pico, o metrô também opera no limite da capacidade. O diretor de planejamento e expansão do Metrô de São Paulo, Mauro Biazotti, admite que a Linha Vermelha, projetada para atender 60 mil passageiros por hora/sentido, chega a 70 mil passageiros por hora/sentido. A Linha Azul, por sua vez, já atende o número-limite para o qual foi projetada: 60 mil passageiros por hora/sentido.
A Linha Amarela, operada pela Via Quatro, ainda não possui pesquisa de origem e destino e a empresa não soube informar a quantidade de passageiros transportada por sentido no horário de pico.
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Além da ampliação da malha, a direção do Metrô aposta que o serviço vai melhorar quando os trens fizerem mais viagens. Segundo Biazotti, estão sendo investidos R$ 250 milhões no projeto de sinalização e controle de tráfego de trens, o chamado CBTC (controle de trens baseado em comunicação). Esse sistema vai reduzir a distância entre os trens em circulação nas linhas 1, 2 e 3 do metrô. Na estimativa da companhia, o novo sistema vai proporcionar aumento de 20% no número de viagens.
Atualmente, o metrô registra 40 partidas por minuto, embarcando até 2 mil pessoas por viagem. O investimento vai permitir, por exemplo, que os trens da Linha Vermelha reduzam os intervalos dos atuais 101 segundos para 90 segundos. “Isso aumenta a oferta e substitui o aumento de estações, já que permite embarques e desembarques em menor tempo”, afirma Biazotti. No caso da Linha Vermelha, o novo sistema de comunicação vai possibilitar o aumento de 33 para 40 trens por hora, com capacidade de transportar até 80 mil passageiros por hora em cada sentido.
Já a Linha 11 da CPTM, que liga os bairros do Brás a Guaianases, seguindo paralela à Linha Vermelha e captando parte de sua demanda, deve reduzir o intervalo de trens de seis para três minutos. Hoje, a linha transporta 40 mil passageiros por sentido/hora e com a redução do tempo de viagens pode chegar a 80 mil. Além disso, o monotrilho que vai ligar Cidade Tiradentes ao metrô Vila Prudente e à Linha 15-Branca (que fará ligação com a estação da Penha da Linha 3), atenderá parte da zona leste.
Em outras linhas, a demanda já cresce fortemente e sinaliza problemas futuros. A extensão atual da Linha 5-Lilás registrou aumento da demanda de 28,9% em 2011 com relação a 2010, chegando a 63,3 milhões de passageiros no ano passado. A linha atualmente faz a ligação entre Capão Redondo e Largo Treze, na região sul da cidade, e possui estações com até 10% da capacidade das menores estações de outras linhas. Esse é o caso da estação Vila das Belezas, com capacidade para 2,2 mil pessoas, enquanto a Sumaré comporta 20 mil passageiros.
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