Março de 2014. Esta é data prometida pelo governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, para começar a testar os veículos leves sobre trilhos (VLT), que irão compor o novo sistema modal entre Cuiabá e Várzea Grande.
A garantia foi dada ontem por Silval, que apresentou uma relação dos prazos, valores e andamentos das obras para realização da Copa do Mundo de 2014. Silval reagiu mal à divulgação, na semana passada, do relatório do Ministério das Cidades que colocou Cuiabá como uma das sedes do Mundial que estão com as obras de mobilidade urbana mais atrasadas. Segundo o governo federal, as dificuldades são com desapropriação, falta de licenças ambiental e de instalação e de projetos executivos.
Na lista, o governador destacou as seis obras que fazem parte da matriz de responsabilidade assinada com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) para realização dos jogos do Mundial. Neste caso, conforme Silval Barbosa, constam a construção da Arena Pantanal, melhorias no entorno do estádio, Fan Park, os centros de treinamentos, a reforma do Aeroporto Marechal Rondon e o VLT.
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As demais fazem parte de um pacote de intervenções, que visa a melhoria da infraestrutura e da mobilidade urbana das duas cidades. São cerca de 30 obras, incluindo 12 decorrentes do VLT. Todas dentro do cronograma, segundo o governador.
No geral, o investimento previsto é da ordem de R$ 2,5 bilhões. Conforme Silval, esses investimentos estão ou serão realizados pensando no Mundial de 2014, mas também numa capital que irá completar 300 anos daqui a sete anos.
Entre os serviços que estão fora da matriz de responsabilidade estão as trincheiras como as da Avenida Miguel Sutil com os trevos do Santa Rosa, Despraiado, Santa Isabel/Verdão, Jurumirim/Trabalhadores, duplicação da ponte Mário Andreazza, Complexo Viário do Tijucal, viaduto da avenida Dom Orlando Chaves, em Várzea Grande, a duplicação da Juliano Costa Marques, entre outras. “A duplicação da avenida Juliano Costa Marques está sendo refeita porque não estava dentro do padrão de qualidade técnica e não poderíamos recebê-la do jeito que estava”, reconheceu.
A expectativa é que em janeiro de 2013 o Consórcio VLT Cuiabá, responsável pelas obras, comece a instalar os trilhos. Entre as 12 obras decorrentes do VLT estão a trincheira da avenida da FEB e a rótula de acesso ao Cristo Rei, em Várzea Grande, ponte sobre o rio Cuiabá, viadutos próximo da Sefaz e do trevo da MT-140 (Fernando Correa/Parque Cuiabá). Neste caso, todas estão previstas para serem concluídas ainda em 2013. A única prevista para março de 2014 é o Viaduto da Beira Rio, cujos serviços devem começar ainda neste ano.
Silval enfatizou que é um complexo de serviço que fazem parte da reestruturação da mobilidade urbana e todos os procedimentos para execução como licença ambiental e estudo de fauna e flora, arqueologia, sobre o patrimônio histórico foram ou estão sendo realizados, além de estarem dentro do cronograma.
Silval afirmou ainda que o Estado não enfrenta dificuldades em relação às desapropriações e que a empresa responsável pelo VLT pretende trabalhar em sistema de intraturnos, sendo que aproximadamente quatro mil pessoas estarão trabalhando no auge da obra.
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