Desvio em trecho da Norte-Sul somou R$ 36,4 milhões

Obras da Ferrovia Norte-Sul entre Palmas (TO) e Uruaçu (GO) tiveram desvios de recursos públicos que chegam a R$ 36,4 milhões e contêm falhas que ameaçam o funcionamento da via.
A conclusão é de um novo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). A Norte-Sul, na qual diversas outras irregularidades já foram constatadas, é responsabilidade da Valec, estatal federal ferroviária.


O trecho começou a ser feito em 2007 e está, segundo as determinações contratuais, 99% terminado.


À época, os contratos para as obras somavam R$ 2 bilhões. Os cinco em que foram constatados problemas eram de R$ 900 milhões. Não há valores atualizados.


Entre os novos problemas constatados estão a aquisição pela Valec de trilhos, dormentes e grampos para a construção de uma parte do trecho que acabou não sendo feita. Ainda assim, a estatal pagou R$ 11 milhões pelos equipamentos –que hoje estão estragando.


Além disso, obras de drenagem não foram realizadas. Com isso, técnicos do TCU constataram que alguns trechos já estão se deteriorando.


O tribunal também verificou que três aterros foram construídos fora das especificações.


Para os técnicos, o erro compromete “a segurança e a estabilidade da futura operação ferroviária” e provavelmente gerou um superfaturamento de R$ 20,7 milhões em favor da empreiteira Constran – que teria feito o serviço com qualidade inferior à paga. Outros superfaturamentos foram estimados pelo tribunal em R$ 15,7 milhões.


O relator do processo no TCU, ministro Valmir Campello, pediu explicações ao ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, e a outros três servidores pelas irregularidades. Caso as explicações não sejam aceitas, eles podem pagar multa e serem condenados a devolver os recursos.


Essa não é a primeira vez que a construção da ferrovia é questionada. A Polícia Federal e o próprio TCU, por exemplo, já haviam apontado desvios num outro trecho dentro de Goiás (entre Uruaçu e Anápolis) que somam cerca de R$ 100 milhões, conforme a Folha mostrou em julho deste ano.


Esses desvios levaram a polícia a investigar Juquinha, que foi preso no mês passado sob a suspeita de enriquecimento ilícito. Ele responde em liberdade.


Há indícios de irregularidades em vários outros contratos da ferrovia.


Outro lado


A nova direção da Valec informou que “vem tomando todas as medidas recomendadas pelo TCU, com vistas a corrigir toda e qualquer irregularidade apontada”.


A Constran informou “que executou rigorosamente os projetos executivos conforme definidos e apresentados pela contratante [Valec]”.


O advogado de Juquinha não respondeu aos contatos da Folha.

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