Entrevista: ‘Não há futuro sem mobilidade’

Aos 55 anos, há 20 trabalhando na área de trânsito em empresas e universidades, o alemão Michael Schreckenberg se interessou por São Paulo em 2009, ao ler sobre um congestionamento recorde de 293 km. Após percorrer 30 quilômetros em duas horas na cidade, ele falou ao Estado:


O que o senhor viu de melhor e de pior no trânsito de São Paulo?


O transporte urbano é precário, em especial o ferroviário, quase inexistente. Outra coisa que me assustou foram as condições das vias, com muitos buracos. O melhor que vi é que a população, mesmo com tantos problemas, é disciplinada. Os motoristas não buzinam muito. Os motoristas aceitam os motociclistas e abrem um corredor para eles passarem. Isso é um grande problema, pois não há uma regra clara. Em nenhum outro lugar no vi situação parecida.


Como melhorar o trânsito?


O controle não só das emissões dos automóveis, mas da qualidade técnica no que diz respeito às condições do carro. Isso melhoria o trânsito pois não haveria tantos veículos quebrados. Faltam acostamentos adequados. Outra medida seria a cobrança de impostos pelo uso do carro. A médio e longo prazos, são necessários trens para ligar as regiões da metrópole às periféricas. Outra solução seria criar faixas para carros com mais de uma pessoa.


Qual o papel da indústria automobilística nessa discussão?


A indústria está bastante interessada. Percebeu que seu papel não é só vender carros, mas também ajudar a construir a mobilidade futura. Um trabalho que elas estão desenvolvendo, e que envolve alta tecnologia, é a da conectividade, que permitirá a comunicação entre os carros. Será possível passar informações sobre congestionamentos, acidentes e situações de perigo para que o motorista evite a área com problema.


O que acha do caso do Brasil?


Infelizmente, o carro ainda expressa mobilidade individual e liberdade. Nos planejamentos de crescimento, o trânsito fica nas últimas posições, mas deveria constar no início dos projetos. Deveríamos planejar o futuro com o carro, pois não acredito que haverá um futuro sem mobilidade individual.

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