Na manhã do primeiro dia do 2º Encontro Nacional de Tecnologia Metroferroviária foram debatidos dois assuntos que aspiram a elaboração de normas técnicas: “Caracterização dos defeitos da geometria da Via Permanente”; e “Classificação, padronização e regulamentação de defeitos detectados por ultrassom em trilhos”.
De acordo com o professor da Universidade Federal de Ouro Preto, Fernando Antonio B. Campo, a existência de diferentes critérios de medição e de tolerância dos defeitos da geometria da via permanente (bitola, alinhamento, nivelamento transversal e longitudinal) dos diferentes sistemas metroferroviários presentes no Brasil, dificulta as negociações de intercâmbio de material rodante entre as ferrovias. Com a padronização destes critérios, as ferrovias poderiam aproveitar melhor o material rodante e realizar uma maior apuração de acidentes.
Também foi apresentado o trabalho realizado pelo Metrô de São Paulo na manutenção preventiva e corretiva que efetua nos trilhos da sua malha, com a utilização de uma máquina de ultrassom. Segundo o técnico de sistemas metroviários especializados do Metrô SP, Márcio Satoshi Torii, é necessária a elaboração de uma norma, baseada na classificação de defeitos de trilhos, padronização de métodos de correção e uma regulamentação para se evitar possíveis acidentes no futuro. Atualmente, o Metrô SP tem cadastrados 600 itens (defeitos ou descontinuidade nos trilhos) que já ocorreram no sistema e foram solucionados. A intenção é que esse controle seja “copiado” em outras ferrovias pelo país.
O evento é promovido pela Revista Ferroviária, Simefre e Comitê Metroferroviário (CB06) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e tem como objetivo de debater e propor normas técnicas para a fabricação de material ferroviário e para as operações metroferroviárias.
Seja o primeiro a comentar