O leilão que definirá a tecnologia e operação do Trem de Alta Velocidade (TAV) deverá ocorrer em julho ou agosto do ano que vem. É o que constará no edital que será publicado na próxima segunda-feira (26), segundo o diretor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Hélio Mauro França. A previsão anterior era que o leilão fosse feito no final de maio.
Outra mudança é que o custo da obra seja ampliado em quase R$ 2 bilhões. Inicialmente, o projeto previa que a obra fosse concluída em 2014. Agora, a projeção é que o trem-bala esteja operando 100% da capacidade somente em 2020. O atraso resultou na previsão de aumento da demanda, o que fez subir também o custo, passando de R$ 33,2 bilhões para R$ 35 bilhões. “Será necessária a compra de mais veículos”, disse França.
“Consideramos conveniente manter a restrição de que a empresa não tenha registrado acidentes nos últimos dez anos, e reduzimos de dez para cinco anos o tempo de experiência com a operação do sistema”, explicou França, após participar de um seminário sobre transporte ferroviário de passageiros, na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O processo de licitação do TAV – que ligará as cidades de São Paulo, Campinas (SP) e do Rio de Janeiro – foi dividido em duas partes: a primeira definirá os responsáveis pela fabricação dos trens e a operação do sistema (incluindo o fornecimento de tecnologia do veículo) e outra selecionará a empresa responsável pela construção do projeto.
A empresa ou consórcio vencedor será o que apresentar a melhor oferta, levando em consideração a relação entre o valor de outorga e a estimativa de custo e investimentos para construção de túneis, pontes, viadutos e do próprio trem, além da transferência de tecnologia, manutenção e operação do veículo.
A Empresa de Planejamento e Logística será sócia do projeto e terá 10% de participação no empreendimento. A estatal será responsável pela apresentação do projeto executivo do trem e pela escolha da empresa encarregada da construção, em etapa posterior, da infraestrutura necessária para a entrada em operação do trem-bala.
Seja o primeiro a comentar