O estudo de viabilidade econômica, técnica e ambiental (Evtea) da nova ferrovia entre Cascavel e Paranaguá deverá ser concluído até março. A empresa que está elaborando o estudo, Vega Consultoria, estima que no primeiro trimestre de 2013 já terá definido as três alternativas de traçados da nova ferrovia. O assunto foi tratado pelo secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, em reunião em Brasília nesta terça-feira (18).
“O processo para a construção da nova ferrovia está acelerado, em função da mobilização do Governo do Paraná, com apoio de representantes da sociedade paranaense, que trabalham em parceria com o governo federal para tornar realidade esta ferrovia”, disse Richa Filho.
Ele reuniu-se em Brasília com o presidente da estatal federal Empresa de Planejamento e Logísitica, Bernardo Figueiredo, com outros representantes do governo federal e também da iniciativa privada. Durante o encontro foram definidas metas a serem cumpridas por todos participantes e datas para o cumprimento de tarefas.
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Acompanhado do secretário de Meio Ambiente, Jonel Iurk, e do presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo, Richa disse que o Paraná está trabalhando em conjunto com a EPL, Valec – Engenharia e Construções de Ferrovias, Vale do Rio Doce (Vale/VLI) e Agência Nacional de Transporte Terrestre, além das consultorias contratadas pelo governo federal.
A ferrovia é uma reivindicação da sociedade paranaense e corrige a proposta apresentada no plano de concessões ferroviárias lançado recentemente pelo governo federal, ligando Cascavel/Mafra/São Francisco do Sul/Paranaguá. “Com uma linha mais moderna e menos sinuosa, será possível ampliar em oito vezes a capacidade de transporte ferroviário até o Porto, hoje estimada em 10 milhões de toneladas por ano”, afirma o secretário.
O novo traçado entre Cascavel e Paranaguá atenderá as principais regiões produtoras de grãos do Paraná, em especial as de soja e de milho. O ramal vai ampliar a velocidade média de transporte de carga, dos atuais 15 km/h para 65 km/h. Outra vantagem é que será possível aumentar a quantidade de vagões transportados, com um traçado menos íngreme e sinuoso.
MARACAJU – A Valec, empresa vinculada ao Ministério dos Transportes, está reformulando o termo de referência para a contratação dos estudos relativos a outros trechos da ferrovia.
Além do Paraná e do Mato Grosso do Sul, a construção do novo ramal ferroviário vai atender os estados do Mato Grosso e Goiás, além do Paraguai. O presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araujo, disse que a notícia trazida por Figueiredo é um marco para o desenvolvimento do Estado. “As demandas dos produtores paranaenses e de estados vizinhos poderão finalmente ser atendidas”, avaliou.
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