Logística é vital para custo competitivo

O deslocamento da indústria brasileira de celulose não se dá apenas com base na disponibilidade de terras e seu preço. Crucial para a viabilidade dos empreendimentos, a logística associada ao fluxo interno de materiais e ao escoamento da matéria-prima até o cliente final é decisiva para a abertura de novas fronteiras.


A importância dessa estrutura pode ser medida pelos investimentos realizados pelos produtores. Para se instalar em Três Lagoas (MS), por exemplo, a Eldorado Brasil desembolsou R$ 800 milhões, aplicados em dois terminais rodo-ferroviários e hidro-ferroviários, locomotivas e vagões e um terminal de embarque em Santos.


Antes da companhia, a Fibria já havia chegado ao município sul-mato-grossense com um amplo projeto logístico, que inclui um ramal de 40 quilômetros e o contorno ferroviário de 12,4 quilômetros do município, que deve ficar pronto em 2013. Com isso, a fábrica estará conectada ao terminal da empresa no Porto de Santos.


A Suzano Papel e Celulose, por sua vez, reservou R$ 100 milhões para a construção de um ramal ferroviário de 28 quilômetros, que ligará a fábrica de Imperatriz (MA) até a Ferrovia Norte-Sul. Além disso, está erguendo um armazém próprio no Porto do Itaqui. “A logística de escoamento foi um dos fatores que nos levou a decidir pelo investimento no Maranhão”, conta o diretor de Operações da Suzano, Ernesto Pousada. “Vamos levar a celulose da porta da fábrica para o porto.”


No passado, o fato de a maior parte da celulose de mercado (que é vendida a terceiros e não está integrada na produção de papel) ser exportada levou os produtores a apostar em um porto próprio e especializado. Hoje, a Portocel, terminal localizado em Barra do Riacho (ES), tem como sócios Fibria (51%) e Cenibra (49%) e poderá receber um novo sócio, na esteira de um projeto de expansão. Mais do que isso, a Portocel poderá se tornar uma unidade de negócios da Fibria.


Do ponto de vista interno, a distância entre a plantação de eucalipto e a fábrica tem peso determinante no custo do produto final e taxa de retorno do negócio. Tecnicamente, afirma o presidente da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Lairton Leonardi, o trecho percorrido pela madeira até a linha de produção deve ter no máximo 200 quilômetros.


Dona dos menores raios médios entre floresta e unidade fabril do país – 60 quilômetros em Três Lagoas e 50 quilômetros na Veracel, na Bahia -, a Fibria vê nesse indicador um grande diferencial de competitividade. “Quanto mais próximo da matéria-prima, mais competitivo”, afirma o diretor Industrial da companhia, Francisco Valério. Em Três Lagoas, ressalta o executivo, o raio médio menor compensa a maior distância dos portos.


Recém-chegada ao setor e com planos de erguer uma fábrica em Gurupi, no Tocantins, a Braxcel Celulose, do grupo GMR, também deu peso relevante para o tema ao decidir-se pelo centro do país. “Na época dos estudos de investimento, a Ferrovia Norte-Sul representava o maior risco e somente depois de alguns anos passou para as mãos da Vale”, conta o presidente da empresa, Guilherme Sahade. A Braxcel, que deve iniciar as operações em dezembro de 2018, já iniciou negociações com a Vale sobre preço de frete futuro e poderá usar o Porto do Itaqui e o futuro Terminal Portuário do Mearim para escoar a matéria-prima para o mercado externo.

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