O prefeito eleito de Salvador, ACM Neto, falou em entrevista ao programa Balanço Geral, da Record Bahia, nesta quarta-feira (9), sobre o processo de transferência da operação dos trens do Subúrbio de Salvador e da Linha 1 do Metrô (Lapa- Acesso Norte) ao governo do estado.
“O meu esforço com o governador, e eu espero que isso tenha um desfecho nos próximos 90 dias, é no sentido de transferir a linha 1 do metrô já construída para o governo do estado, passando também a operação do trem do Subúrbio. Ou seja, a Prefeitura entregaria ao governo do estado a Companhia de Transporte de Salvador (CTS). Nós entregaríamos com a porteira fechada. Então o governo do estado assumiria a responsabilidade pela operação do trem do Subúrbio, que inclusive exige novos investimentos, e pela ampliação e operação do metrô de Salvador”, afirmou.
Neto também criticou o ex-prefeito João Henrique por ter transferido ao Estado a atribuição de ampliar as linhas do metrô. “Ele transferiu esta ampliação do metrô para o governo do estado. Não tem nenhuma lógica a Prefeitura operar uma parte pequena do metrô, de seis quilômetros, e o governo do estado conduzir a ampliação do restante do metrô. Se isso acontecer, nós não vamos ter metrô em Salvador”, disse.
“Infelizmente, a administração anterior não conseguiu promover este entendimento com o governo do estado. Nós estamos avançando e o governo do estado tem nos dado garantia de celeridade na ampliação e, portanto, na conclusão da obra para colocar o metrô para funcionar”, completou.
O prefeito também afirmou que pretende integrar o sistema de ônibus da cidade com a Região Metropolitana, implantando uma tarifa única. “Num segundo momento, é possível fazer sim a integração do sistema metropolitano com o sistema urbano. Na verdade,o que que tem que acontecer quando o metrô tiver concluído? A gente precisa sentar governo do estado, prefeitura de Salvador e as prefeituras da Região Metropolitana que tem transporte que entre na cidade para promover uma câmara única de transporte público. O caminho vai ser este, inclusive, de preferência, unificando tarifas e implantando bilhete único. Agora, isso só vai poder depois que o sistema de metrô estiver pronto”, concluiu.
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