Glencore torna-se acionista da Ferrous com até 5%

A Glencore acaba de comprar uma participação minoritária entre 3% e 5% na mineradora de ferro Ferrous Resources, com sede em Belo Horizonte (MG) e fechar um acordo de compra de 20 milhões de toneladas da produção da matéria-prima para os próximos quatro anos, informou Jayme Nicolato, presidente-executivo da Ferrous, ao Valor.


O negócio, acordado ontem, é bom para a mineradora, pois garante mercado para seu minério e caixa (funding) para o projeto de expansão de uma se duas minas, a de Viga, que este ano vai produzir 5 milhões de toneladas. A meta da empresa para essa mina é chegar à produção de 17 milhões de toneladas em 2016, afirmou Nicolato.


Segundo o executivo, a fatia da Glencore na Ferrous poderá aumentar se a trading confirmar participação exclusiva em uma operação de aumento de capital entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões prevista para a mineradora, que está para acontecer até o final deste semestre.


A Ferrous tem plano de investimento de US$ 1,2 bilhão para ampliação da produção de Viga (US$ 80 por tonelada de minério) e pretende captar este ano recursos no mercado interno em dívida e em equity no valor total de US$ 1,4 bilhão para bancar esse investimento.


“Estamos em processo de contratação dos bancos e ‘advisers’ (assessores) para a parte da dívida e do equity para o projeto”, informou Nicolato ao Valor. O plano do executivo é levantar financiamento na faixa de US$ 800 milhões junto ao BNDES – tradicional financiador dos grandes projetos no país – e os US$ 200 milhões restantes por meio de um empréstimo-ponte com bancos comerciais brasileiros. O executivo pretende terminar o estudo de viabilidade financeira do projeto para enviar carta consulta ao BNDES.


No caso da operação de equity, o desenho é uma operação de aumento de capital na qual a Glencore tem exclusividade para fazer uma oferta até 31 de março.


Nicolato disse que haverá também uma consulta aos demais acionistas da Ferrous. A empresa, de capital fechado, tem 140 acionistas espalhados pelo mundo, a maioria fundos de investimento. A maior participação acionária, de 13,7%, pertence ao fundo americano IEP Ferrous Brazil (Icahn), seguida pelo Harbinger Group (11,7%), também americano. O fundo Sentient, australiano, detém 7,9%; o russo Vollin Holdings, 5,5%; e a Correa Family e a Parreiras Family, brasileiras, 7,5% e 4,7% cada uma, dentre outros.


A Ferrous tentou abrir o capital na bolsa londrina em 2008, mas desistiu por causa da crise global que derrubou os mercados naquele ano. Nicolato disse que a ideia de fazer um IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações) depende das oportunidades de mercado, com disposição de investidores em comprar papéis. Mas, por enquanto, isso não é cogitado na companhia.


A entrada da Glencore como parceira agradou a Ferrous, que há algum tempos busca um sócio para financiar o plano estratégico “de perseguir o crescimento orgânico”, a começar pelo aumento de produção da mina de Viga, em Congonhas, no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais. O negócio acertado entre as empresas mostra-se bom para ambas, pois a Glencore tem forte apetite para o minério de ferro e vinha rastreando aquisições no país. A trading chegou a entrar na disputa pelo sistema Amapá, da Anglo American, vendido recentemente para um empresário indiano.


A Glencore desistiu das minas do Amapá porque a aprovação da operação tinha que passar pela Assembleia Legislativa estadual.


O foco da Ferrous hoje é a mineração. Nicolato é otimista com o mercado de minério de ferro e defende que o Brasil aumente a oferta do insumo no mundo. A Ferrous tem quatro minas no quadrilátero ferrífero, sendo Viga a principal. As demais são Viga Norte, Serrinha e Esperança. Em 2012, a empresa produziu 3,2 milhões de toneladas de minéri, ante 1,8 milhões de toneladas em 2011, um crescimento de 77%.


A empresa transporta o minério pela ferrovia da MRS Logística e embarca pelo porto da Vale. O projeto de construir um mineroduto e um terminal portuário em Presidente Kennedy, no Espírito Santo, não está nas prioridades da empresa. Nicolato confirmou ao Valor que está negociando com a MMX, controlada da EBX de Eike Batista, embarcar o minério de ferro da Ferrous pelo Superporto Sudeste, que deverá estar pronto no fim deste ano, no litoral do Rio.

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