Nó logístico derruba preço de grãos e eleva custo de frete

Os gargalos logísticos que travam o escoamento da atual supersafra de grãos já derrubam os preços ao produtor, aumentam os custos dos exportadores e significarão descontos maiores nas cotações do produto brasileiro na próxima safra. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, 80% da safra da região já foram comercializados, e a maior parte disso embutindo uma estimativa de custo de frete de US$ 100 por tonelada — média entre a cidade de Sorriso (MT) e Santos (SP). Só que esse frete está em US$ 150.


— Quem está arcando com essa diferença hoje é o exportador (que comprou a soja a um preço que embutia os US$ 100 de frete), mas essa diferença chega ao produtor na formação dos preços da próxima safra — disse Fávaro.


De acordo com Daniel Latorraca, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço do frete entre Sorriso e Santos subiu 46% entre março de 2012 e março de 2013, enquanto o preço para o produtor de Mato Grosso, um dos principais estados produtores, ao lado de Rio Grande do Sul, caiu 4%. Contribuíram para o salto no custo com transporte o forte aumento da demanda por caminhões, tendo em vista a safra recorde de soja, os recentes reajuste do diesel e o tempo maior na fila nos portos. A fila em Santos, que era de 10 a 15 dias para embarque, subiu para mais de 30 dias neste ano, enquanto em Paranaguá (PR) foi de 40 para 60 dias.


— Nós estamos perdendo credibilidade na pontualidade dos embarques, e isso será levado em conta também na formação de preços no futuro — diz Fávaro, da associação de produtores.


‘É a crise da fartura’


A questão, segundo ele, é que nos últimos cinco anos a produção nacional de grãos saltou de 135 milhões para os atuais 183 milhões de toneladas, e quase nada foi feito em infraestrutura. De acordo com Aprosoja, enquanto o frete para transporte de uma tonelada de soja por 2 mil quilômetros custa entre US$ 10 e US$ 35 nos Estados Unidos, aqui escoar a mesma tonelada custa US$ 160.


— É a crise da fartura. Mas, como nós vamos ser competitivos assim? — pergunta o dirigente.


Daniel Furlan Amaral, gerente de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), observa que a demora nos portos eleva ainda mais o preços dos fretes, além de significar um custo adicional ao exportador de US$ 20 mil a US$ 25 mil por dia em que o navio fica parado esperando para embarcar os grãos.


— Quem acaba perdendo com esses problemas é o produtor rural e o exportador, que tinha comprado a soja antecipadamente. Isso foi a regra no ano passado por causa da escassez causada pela safra americana — afirmou Furlan.


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