Odebrecht pede recursos do BNDES para obras em Cuba

Principal sócia brasileira do governo de Cuba, a Odebrecht quer ampliar a carteira de projetos no país. A empresa e autoridades cubanas firmaram, no mês passado, convênio para reforma e ampliação do aeroporto de Havana – com a construção de novo terminal -, além de obras pulverizadas de melhorias em outros aeroportos do país, como o de Santiago. As obras, segundo apurou o Valor, giram em torno de US$ 200 milhões. Mas, para sair do papel, dependem da aprovação de financiamento de US$ 150 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Oficialmente, o banco afirma que tem conhecimento do pedido de financiamento, confirma o valor solicitado e informa que o processo ainda não recebeu o aval do Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), órgão colegiado formado por diversos ministérios e que trata do financiamento público brasileiro. Após a aprovação no Cofig, o projeto entrará em processo de análise na instituição. Fontes com conhecimento do tema, porém, afirmam que o financiamento não terá dificuldade para ser aprovado, uma vez que recebíveis, como as tarifas aeroportuárias, podem ser usadas como garantia do empréstimo. Procurada, a Odebrecht disse apenas que “não executa atualmente obras em aeroportos” de Cuba.


O contrato de financiamento seria feito na modalidade de apoio à exportação de bens e serviços, muito comum em obras feitas por empresas brasileiras no exterior. O limite financiado é de até 100% dos bens e serviços brasileiros, mas a praxe do banco é financiar até três quartos do valor.


O investimento mira o crescimento do turismo no país e a perspectiva do fim do embargo americano, que abriria um mercado potencial de mais 1 milhão de turistas ao ano para a ilha. Em 2010, Cuba recebeu cerca de 2,5 milhões de visitantes estrangeiros, segundo dados do Ministério do Turismo.


A Odebrecht, por meio da subsidiária cubana, a Companhia de Obras e Infraestrutrura (COI), é responsável pelo principal investimento em curso em Cuba, o porto de Mariel, iniciado em 2010 e que deve ser concluído no fim deste ano. Ao todo, consumiu US$ 957 milhões, dos quais US$ 682 milhões financiados pelo BNDES.


A ideia do governo cubano é concentrar na região de Mariel, a 50 km de Havana, as indústrias multinacionais voltadas para o mercado externo, em um modelo equivalente às zonas econômicas especiais criadas pela China para atrair o capital estrangeiro. O projeto inclui rede rodoviária e ferroviária para acesso ao terminal.


O embaixador do Brasil em Cuba, José Felício, diz que o apoio do Brasil ao porto de Mariel ajudou a consolidar a relação econômica entre os dois países. “É um projeto relevante para eles e mostrou que a parceria funciona muito bem.” Daniel Al Assal, sócio da Suplex Trading, especializada no envio de mercadorias brasileiras para Cuba, diz que o porto de Mariel contribuiu para o aumento do comércio bilateral. “Com o empréstimo do BNDES, há a obrigatoriedade de utilização de conteúdo nacional na obra, o que contribuiu para o aumento da demanda por produtos brasileiros no país.”


A Odebrecht foi a primeira empresa privada autorizada a investir no setor agrícola cubano. Em 2012, levou o contrato para modernizar e administrar uma usina sucroalcooleira na cidade de Cienfuegos, no centro de Cuba. O empreendimento ainda está em estágio inicial e a revitalização da usina começa nos próximos meses.

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