Greve poderá atrasar entrega do VLT em Fortaleza

Desde o último dia 19 de abril, ou seja, há exatamente 11 dias, cerca de 750 operários que trabalham na nas obras dos Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) estão de braços cruzados em busca de reajuste. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav/CE) calcula que a paralisação tenha gerado um atraso de, pelo menos, 25 dias no cronograma da obra. Os VLTs estão previstos para serem entregues em abril do próximo ano, antes da Copa do Mundo.


A pauta de reivindicações dos trabalhadores da construção civil pesada é o reajuste salarial de 25%, cesta básica no valor de R$240, 00 e abono dos dias não trabalhados. Contudo, segundo o coordenador de fiscalização do Sintepav-CE, Archimedes Fortes, nenhuma contraproposta foi enviada pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon), portanto não há previsão de retomada das obras. Ainda de acordo com ele, uma nova assembleia com os trabalhadores deve ser realizada, na próxima quinta-feira (2).


Categoria


De acordo com a assessora de relações trabalhistas do Sinicon, Margareth Rubem, as conversas entre o sindicato patronal e o Sintepav vêm acontecendo desde o dia 15 de março, quando foi confirmada a data base da categoria e iniciado o processo de negociação. Mesmo com a paralisação, as negociações continuaram, não rendendo frutos.


Diante disso, de acordo com ela, foram abertas duas ações judiciais, uma com o pedido de dissídio coletivo de abusividade de greve e outra requerendo o estabelecimento dos critérios para a construção da pauta de reivindicação. Na última sexta-feira (26), aconteceu uma sessão de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que não obteve êxito. Ainda conforme o Sinicon, outro encontro no TRT está marcado para o próximo dia 6 de maio.


O consórcio CPE-VLT, responsável pela implantação do Ramal VLT Parangaba-Mucuripe, trecho que está com intervenções interrompidas, garante que a paralisação não afetará o cronograma da obra. Uma vez suspenso o movimento grevista, será feito todo o esforço para cumprir os prazos estipulados para a entrega do empreendimento. Já a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) lamenta a paralisação dos trabalhadores de empresas por ela contratadas. Espera que as negociações, já em andamento, cheguem a uma solução rápida e satisfatória para ambas as partes e que não causem maiores prejuízos ao cronograma das diversas obras do Estado do Ceará que estão sendo realizadas na Capital.


No entanto, mesmo diante da paralisação das obras, a Seinfra, afirma que o processo de desapropriação está caminhando e a expectativa é que seja consolidado até o segundo semestre deste ano. Porém, segundo o Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar, entidade que acompanha as negociações com as famílias, falta um canal de comunicação aberta com as comunidades, que precisam se unir em busca dos seus direitos.


Moradores


Essa ausência de comunicação está deixando aflita a família da esteticista Sílvia Barbosa, moradora de um dos trechos do VLT, localizado na Rua Barbosa de Freitas, entre a Avenida Pontes Vieira e Via Expressa. Ela conta que, inicialmente, foi comunicado ao moradores que as casas no entorno da dela seriam retiradas para a passagem do VLT, mas, até hoje, nenhuma negociação foi feita.


“Moro na mesma casa desde que eu nasci. A minha mãe, por exemplo, está lá há 60 anos. A nossa preocupação é que eles cheguem de repente com os tratores e derrubem tudo, sem negociação ou um outro imóvel para a gente morar. Não tenho muitas informações e, por isso, vivo preocupada com esta situação. Não me oponho, mas quero uma negociação justa”, diz.
De acordo com as informações da Seinfra, a comunidade a qual Sílvia faz parte se chama Pau Pelado. No local, inicialmente, cerca de 90% das residências seriam removidas, pois lá passaria a Estação Pontes Vieira. Contudo, na intenção de gerar um impacto mínimo para as famílias, o projeto foi modificado, e a estação foi removida para a Avenida Pontes Vieira nas proximidades da Avenida Virgílio Távora.


Portanto, ainda segundo os dados repassados pela Seinfra, as interferências no local serão mínimas. Diante disso, estão sendo priorizadas as negociações nos trechos onde o maior número de residências serão removidas. No entorno da casa de Sílvia, ainda serão realizadas visitas sociais a fim de elaborar um laudo. O órgão afirma que nada irá acontecer à revelia da comunidade.

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