O governo do Estado de São Paulo publicou ontem decreto que declara de utilidade pública 19,8 mil metros quadrados de imóveis na zona leste da capital para a construção do trecho final da Linha 15-Prata, que será um monotrilho. A área equivale a quase três terrenos do tamanho do Estádio do Pacaembu. Os pontos afetados ficam em vias como a Avenida Ragueb Chohfi e a Estrada do Iguatemi.
Segundo o Metrô, no total, deverão ser desapropriados 49 imóveis. A empresa disse que os proprietários e os inquilinos desses locais “começarão a ser notificados nas próximas semanas” e que, “durante o processo, equipes da Coordenadoria de Relacionamento com a Comunidade da companhia realizarão visitas às casas dos moradores para orientação e esclarecimentos em caso de dúvidas”.
Trata-se do quarto decreto de utilidade pública para a construção da Linha 15. Os três anteriores foram publicados no ano passado, quando foram apontados 110 imóveis.
Criticado por muitos especialistas por ter uma capacidade de transporte menor do que o metrô convencional, o monotrilho, segundo a empresa, tem a vantagem de minimizar “a necessidade de desapropriações, pois o corpo central das estações fica localizado no canteiro central das avenidas pelas quais o monotrilho vai passar”. De acordo com a companhia, “apenas para a construção dos acessos e edificação de salas técnicas e operacionais, que são implementados nas laterais das avenidas, é que são necessárias desapropriações”.
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A Linha 15-Branca deve ser inaugurada em dezembro, mas em um trecho pequeno, de apenas duas estações – Vila Prudente e Oratório -, com 2,9 km. Quando estiver completa, seguirá até Cidade Tiradentes e terá 24,4 km de extensão e 17 estações. O segundo trecho, entre as paradas Oratório e São Mateus, com 10,1 km e oito estações, tem previsão de entrega para o ano que vem. O último trecho, até Cidade Tiradentes, com 11,4 km e sete estações, será aberto em 2016, de acordo com o Metrô. Cada trem da Linha 15 terá 86 metros de comprimento e capacidade para mil passageiros, metade do que um trem normal de metrô. O sistema terá capacidade para atender a uma demanda de até 40 mil passageiros por hora e por sentido.
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