Acesso à Baixada Santista terá R$ 600 milhões

Os governos federal, do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Santos irão fazer um investimento tripartite de R$ 600 milhões em acessos viários à Baixada Santista. O Valor havia adiantado que o secretário de Transportes do Estado de São Paulo, Saulo Ramos, reuniu-se nesta terça-feira com o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, em Brasília, para definir uma ação conjunta de enfrentamento do maior gargalo hoje para acessar o porto de Santos. Mas o montante do investimento foi estimado nesta quarta-feira pelo governador Geraldo Alckmin, durante visita a Santos para inaugurar as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Cada esfera arcará com um terço do investimento. Não há data estimada para os editais serem lançados.


“O primeiro passo é agilizar projetos. A Dersa se dispôs a fazer os projetos”, disse Alckmin. O pacote deverá incluir viadutos, acessos, ponte e pista, disse Alckmin, sem entrar em detalhes. A Dersa também ofertou à SEP a realização dos estudos da ampliação da avenida perimetral da margem esquerda do porto, no Guarujá. A construção da perimetral está sendo tocada pelo governo, por estar dentro do porto organizado.


A ação conjunta já vinha sendo costurada, mas ganhou mais urgência após o mecongestionamento de caminhões desta terça-feira nas rodovias que ligam São Paulo à Baixada Santista. O problema foi potencializado por uma limitação de circulação de carretas nos pátios reguladores de Cubatão (SP). Na segunda-feira à noite começou a vigorar um decreto da Prefeitura de Cubatão proibindo o funcionamento dos pátios reguladores de carretas fora do horário comercial.


Como consequência, os veículos ficaram parados na via Anchieta por mais de quatro horas, formando 50 quilômetros de filas, se somados todos os trechos congestionados.
Alckmin classificou a decisão da prefeita de Cubatão, Marcia Rosa (PT), de “desastrosa”, já que o porto tem de funcionar 24 horas. E revelou que se o decreto não fosse suspenso, conforme ocorreu ontem, o Estado iria entrar com ação judicial que já “estava preparada pela Procuradoria-Geral do Estado”.

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