O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD), apresentará aos demais parlamentares o detalhamento de seu projeto da ferrovia que liga Mato Grosso ao Estado do Pará (PA). A discussão ocorrerá durante a reunião do Colégio de Líderes, na tarde de terça-feira (07/05).
A proposta passa a ser destrinchada aos demais membros do Legislativo somente agora, mas já está sendo trabalhada há cerca de dois anos. Tanto o chefe do Executivo estadual, Silval Barbosa (PMDB), quanto o governador do Pará, Simão Janete (PSDB), já aprovaram a pretensão.
“Neste momento, vamos debater na reunião do Colégio de Líderes com os demais deputados de Mato Grosso, para que estes conheçam o projeto com profundidade, tirem dúvidas e apresentem sugestões”, ponderou Riva.
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O projeto da ferrovia foi idealizado por Riva e apresenta alternativa de escoamento da produção de Mato Grosso e Pará, resultando em melhoria na logística dos estados, atendendo a uma das constantes reclamações do setor produtivo das duas regiões envolvidas.
No projeto, a linha ferroviária parte de Água Boa até Barcarena – PA. Também foi analisada a possibilidade da ferrovia partir do município mato-grossense até Marabá, no sudeste do Pará. A ligação com o nordeste seria viabilizada com a construção de dois ramais, um até Barcarena e outro até o porto de Espadarte, em Curuça.
O projeto de integração logística entre os estados será apresentado pelos assessores parlamentares Nelson Salim Abdalla e André Nóbrega, apontando o resgate do Araguaia com a ferrovia e a criação de uma nova alternativa para o escoamento da produção agrícola desta promissora região.
Após essa etapa, inicia-se o trabalho de estudo de viabilidade para apontamento do melhor traçado, questões ambientais e implantação do projeto. A proposta é que a ferrovia seja construída por meio de parceria público-privada (PPP), e investidores americanos, chineses, coreanos e russos já demonstraram interesse na obra.
“Há dois anos, iniciamos a discussão em nosso gabinete e defendemos que Mato Grosso não pode ficar preso a um projeto ferroviário nacional. Com esta ferrovia, a realidade de Mato Grosso muda, começaremos a ser mais competitivos, pois teremos a logística necessária”, observou o social-democrata.
A ferrovia pelo MT-PA usará a BR-158 como uma alternativa a atual rota de escoamento, pela BR-163, que atende a poucos produtores. E proposta é também uma frente ao Porto de Santarém, tido como de baixo calado e passível de embarcar apenas três milhões de toneladas por ano.
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