Uma greve geral dos trabalhadores da Espanha – país que vive séria crise econômica – atrasou o cronograma de testes das duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Irún. As composições devem chegar ao Brasil em agosto.
O engenheiro da Secopa, André Luis Correia Gomes de Bento, está no local para validação, aprovação dos testes e liberação dos trens para serem embarcados ao Brasil.
O cronograma de testes foi alterado e prorrogado até o dia 7 de junho devido à paralisação. As atividades previstas para os dias 24 e 30 de maio tiveram que ser adiadas para os dias 3 e 4 de junho.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
A avaliação final e comprovação de resultados para aprovação documental dos testes serão realizadas nos dias 5 e 6 de junho, encerrando o cronograma e quadro de testes para a avaliação das primeiras composições do modal.
A CAF possui três fábricas com linhas de montagens diferenciadas na Espanha, situadas nas cidades de Beasain, Irún e Zaragoza, região basca no extremo norte do país.
Na fábrica situada em Irún são realizados testes de tração (movimentação dos trens) e em equipamentos elétricos e eletrônicos instalados na composição do VLT, além de radiofonia e sistema GPS. Ali também são feitos serviços de pintura das caixas dos trens e cabines, trabalhos de instalações de cabeamento e montagens de estruturas, acabamentos internos e externos, além de aplicação de testes físicos.
Ao serem instalados os equipamentos na composição, os mesmos passam por testes de fixação, resistência, condução, receptividade de sinais e transmissões de dados. O técnico da Secopa explica que os testes são feitos pelo próprio instalador como parte do processo de qualidade e responsabilidade da empresa CAF em suas certificações. “Nenhum equipamento sai sem antes ser testado e liberado para prova final que é o que estamos monitorando”, disse André Bento.
Já foram aplicados testes de instalações de equipamentos eletroeletrônicos, com o objetivo de certificar o funcionamento e instalação desses itens.
“Foram realizados também testes referentes à tração dos trens, onde pudemos tracionar com o VLT em linha reta, mesmo que em baixa velocidade, controlada pelo próprio sistema de tração, como parte do processo de verificação e avaliação dos componentes”, complementou.
Foram feitas também simulações para verificar os sistemas de som e transmissão de mensagens entre o condutor do trem e o Centro de Controle Operacional e também com o restante da composição através de informações transmitidas aos usuários no interior do trem. Outro trabalho em andamento são os testes referentes à sinalização dos trens.
“Todos os testes aplicados até o momento foram executados com sucesso e com rigorosa inspeção de qualidade pelos profissionais do próprio fabricante, bem como de representantes de fornecedores de equipamentos específicos que não fabricados pela CAF”, explica Bento.
Leia também:
Obras do VLT geram 2 novas rotas em Várzea Grande
Seja o primeiro a comentar