De janeiro a abril desde ano, o metrô de São Paulo registrou 17 incidentes notáveis –evento que prejudica o funcionamento da linha– em seus vagões, segundo a Metrô-SP (Companhia do Metropolitano de São Paulo). O número corresponde pelo menos a uma pane por semana.
Em nota, o Metrô informou que “as ocorrências listadas levam em consideração a alteração da circulação dos trens por mais de cinco minutos, interferindo na oferta programada dos trens”.
O número de ocorrências é o mesmo do primeiro quadrimestre de 2012, de acordo com o levantamento. No entanto, o Metrô não especificou as causas das panes.
O número de falhas no metrô de São Paulo mais do que dobrou em três anos, segundo dados divulgados pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, com base na Lei de Acesso à Informação. Em 2010, o sistema registrou 1,51 incidente notável a cada milhão de quilômetros percorridos. Em 2012, a quantidade chegou a 3,31.
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Panes constantes
Na manhã desta terça-feira (30), um problema de tração em um trem da linha 3-vermelha (Corinthians-Itaquera/Palmeiras-Barra Funda) do metrô de São Paulo, provocou lentidão no sentido Barra Funda da via e também na linha 1-azul (Tucuruvi/Jabaquara). Usuários chegaram a andar pelos trilhos no auge da pane.
O problema revoltou os usuários do serviço que reclamaram dos atrasos nas demais linhas por causa da paralisação.
No último dia 15, a linha 4-amarela do Metrô de São Paulo ficou paralisada por cerca de cinco minutos, devido a uma falha no período da tarde. O trecho que liga as Estações Luz e Butantã teve de operar com velocidade reduzida.
Fevereiro e março têm duas panes na semama
Em março, problemas nas vias chegaram a ocorrer em dias seguidos. No dia 22, trens da linha 3-vermelha do metrô circulavam com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas plataformas entre as estações Bresser-Mooca e Palmeiras-Barra-Funda das 5h56 às 8h20. E, no dia seguinte, foi a vez de um trem da linha-1 azul ficar parado na estação Portuguesa-Tietê, no sentido Jabaquara, devido à falha no sistema de freios.
Em 6 de março, houve um problema no equipamento que permite que os trens mudem de via entre as estações Bresser e Belém, na linha 3-vermelha. Com isso, as composições tiveram que passar com velocidade reduzida pelo trecho, provocando lentidão e atrasos em toda a linha.
Os vagões do metrô apresentaram mais de uma pane por semana em fevereiro. No dia 20, um defeito na porta de uma composição do metrô da linha 2-verde, na estação Brigadeiro, zona oeste de São Paulo. O trem ficou parado na plataforma das 8h25 até as 8h32, com as portas fechadas, causando confusão no local.
No dia 26, uma falha na tração de uma das composições na estação Armênia, na linha 1-azul causou aglomeração de centenas de pessoas na plataforma da estação Sé do metrô e confusão na hora de esvaziar o trem com defeito na na estação Tiradentes. Dois dias depois, foi a vez de uma composição do metrô apresentar defeito no freio na estação Chácara Klabin (linha verde), na zona sul. Nas redes sociais, usuários reclamaram de estações lotadas no ramal.
Na noite do dia 6, um trem apresentou problemas entre as estações Luz e São Bento, na linha 1-azul, precisando ser rebocado. Os passageiros estavam dentro dos vagões e permaneceram cerca de 50 minutos confinados.
Já em janeiro, uma queda de energia causou a interrupção do sistema na estação República, na linha 4-amarela, causando atrasos no início da noite de sábado.
Superlotação
A superlotação constante dos vagões também piora a vida dos usuários do metrô. Operando acima de 100% de sua capacidade há mais de um ano, a linha 4-amarela passou a orientar em janeiro que seus usuários descessem uma estação adiante caso não conseguissem descer na estação de destino e voltassem de graça por outro vagão.
A orientação era feita por meio de um aviso sonoro. No entanto, dias depois a recomendação foi suspensa porque se descobriu que o usuário gastava mais tempo no processo.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro…
Em menos de quatro meses, a Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos para Transportes) registrou um caso a cada 15 dias (em um total de oito) de descarrilamento envolvendo trens da Supervia, concessionária que administra o transporte ferroviário no Rio de Janeiro. Em todo o ano passado, foram registrados nove incidentes, menos de um por mês e um a mais dos registrados neste ano.
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