Oito grupos privados, cinco deles espanhóis, formam o consórcio da Espanha que irá disputar a licitação aberta pelo governo brasileiro para a construção da linha ferroviária de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas, informou nesta quarta-feira o Ministério do Desenvolvimento da Espanha.
A ministra Ana Pastor já havia informado na segunda-feira que o consórcio seria composto, entre outras, pelas empresas públicas Adif, Ineco e Renfe. Também contará com cinco grupos privados do país (Talgo, Elecnor, Cobra, Abengoa e Indra), além das empresas estrangeiras Thales (França), Bombardier (Canadá) e Dimetronic (filial da alemã Siemens).
A Espanha espera repetir o resultado de 2011, quando conquistou o contrato da linha Meca-Medina, na Arábia Saudita, por um total de 6,7 bilhões de euros, depois de uma batalha de vários meses com o consórcio francês Alstom-SNCF.
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A Espanha é o país da Europa com a maior extensão de linha ferroviária e ocupa a segunda posição mundial. Afetada por uma crise que limita os negócios internos, o país busca mercados no exterior.
“O modelo espanhol de alta velocidade ferroviária é uma referência internacional”, destacou a ministra Pastor em um comunicado.
O vencedor da licitação para a construção da linha de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas será conhecido em 19 de setembro de 2013. Com um orçamento de 16,4 bilhões de dólares, o trem deve começar a operar em 2020.
Está prevista a participação de uma série de empresas de construção, operadores ferroviários e fabricantes de equipamentos, entre elas a filial da francesa GEC Alstom, a japonesa Mitsui e a sul-coreana Hyundai. As candidaturas devem ser apresentadas até 13 de agosto.
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