Certas viagens de trem costumam causar sensações nostálgicas em passageiros de todas as nacionalidades, sobretudo entre viajantes que não contam com uma malha ferroviária tão completa quanta as encontradas em território europeu.
O Velho Continente, dono de mais de 200 mil km de vias sobre trilhos, é um daqueles destinos ideias para quem procura a experiência de ter, do lado de fora da janela do trem, o cenário bucólico do interior, naturalmente, cenográfico de países alpinos e de outras geografias da Europa.
E para provar que aqueles roteiros europeus parecem retirados, literalmente, de algum bom livro, o UOL Viagem embarcou no clássico Orient-Express em Paris para realizar uma das viagens mais famosas a bordo de um ícone dos trilhos.
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Embora realize viagens luxuosas de trem desde 1883, o Orient-Express ficou conhecido com a obra ‘Assassinato no Expresso do Oriente’, livro policial da escritora britânica Agatha Christie, de 1934. A ‘Rainha do Crime’ encontrou inspiração para ambientar uma das histórias mais famosas do personagem Hercule Poirot durante uma longa parada de seis dias a bordo do trem devido a uma nevasca na Turquia.
Operada sob o nome Venice Simplon-Orient-Express, a travessia entre Paris e Veneza tem duração de uma noite e percorre os 800 km entre a capital francesa e a cidade italiana famosa por seus canais. No roteiro, o passageiro ainda coleciona paisagens do interior de países como a Suíça e a Áustria. O valor por pessoa em uma cabine dupla para essa viagem era de US$2760 em maio de 2013.
A viagem oferece experiências dignas de uma boa clássica história inglesa. Coquetel de recepção na Estação do Leste, em Paris, jantar de gala a bordo com comensais vestidos com black tie e cabines com serviço de mordomo durante toda a travessia.
As opções de entretenimento a bordo são reduzidas e se resumem a um vagão lounge com um piano bar e uma pequena boutique com alguns produtos personalizados. E quem precisa de mais quando passam pela janela da cabine paisagens típicas dos Alpes com seus inconfundíveis picos nevados e casas de madeira?
É tanta inspiração que sobra até tempo para escrever algum clássico da literatura.
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