O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que os projetos das novas linhas do metrô não serão prejudicados com o corte de investimentos que o governo fará para compensar o cancelamento do reajuste das tarifas do transporte público no Estado, anunciado na noite de ontem.
Em entrevista hoje na cidade de Avaré (a 267 km de São Paulo), Alckmin disse que o governo precisará reduzir investimentos, mas não informou em que setores haverá contenção de despesas.
No entanto, o governador afirmou que áreas como educação e saúde não sofrerão contingenciamento.
“O custo anual é de R$ 209 milhões para o Metrô e a CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos]. Vamos fazer um esforço e apertar o cinto, reduzir investimentos. O governo vai absorver [o prejuízo]. Se isso não acontecesse, poderíamos levar estas empresas ao déficit, o que comprometeria o bom andamento dos serviços de transporte”, afirmou o governador.
Questionado se a contenção de gastos afetaria os projetos das novas linhas do metrô, Alckmin limitou-se a responder que “não”.
Alckmin e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), recuaram na noite de ontem e anunciaram a redução das tarifas de ônibus, metrô e trem. O reajuste foi cancelado e o preço das passagens cairá de R$ 3,20 para os antigos R$ 3, a partir de segunda-feira.
Apesar do recuo, lideranças do Movimento Passe Livre mantiveram a manifestação prevista para as 17h de hoje, na avenida Paulista.
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