MT não deverá receber outorga para VLT a preço popular

O futuro e a exploração de grandes obras executadas para a Copa do Mundo de 2014, como a Arena Multiuso Pantanal e o Veículo Leve Sobre Trilhos -VLT, deixam uma dúvida no ar e a eterna expressão se as mesmas não seriam “Elefantes Brancos”, ou seja, se utilidade no pós jogo.


Em busca de algumas sugestões que serão apresentadas ao Governo do Estado pelo economista e consultor, Vivaldo Lopes, que defende literalmente que o Poder Público repasse a exploração para a iniciativa privada. “Existem interessados em grandes empresas e até mesmo nas construtoras que executam as obras de assumirem suas gestões, numa clara demonstração de que são viáveis na sua exploração econômica e até mesmo social”, disse o economista que também é secretário -adjunto da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso.


Para Vivaldo Lopes existem três opções a serem efetivamente colocadas em prática pelo Governo Silval Barbosa, mas todas encaminham para um único sentido, privatizar a exploração tanto do VLT como da Arena Multiuso Pantanal, só que com modelos diferenciados, já que para o VLT como se trata da prestação de um serviço público, ele defende que não haja nenhum tipo de recebimento para os cofres públicos. “O Estado emprestou R$ 1,4 bilhão para serem pagos em 30 anos e que estão dentro da capacidade de endividamento do Tesouro Estadual. Então o governador Silval Barbosa como estadista que é com certeza vai optar pela concessão pública dos serviços para a iniciativa privada através de uma licitação internacional e não vai receber valor de outorga pela exploração ou abatimento dos empréstimos, justamente para que a empresa que administrar o VLT possa cumprir a ordem do Governo do Estado que será de praticar a tarifa social, de idêntico valor ou até mesmo mais barata que o cobrado nos ônibus atualmente e que foi palco de protestos em todo o Brasil”, explicou o economista e consultor.


Para ele a cobrança de outorga para quem assumir o VLT encarecerá o custo final da passagem, ao passo de que sem outorga, apenas com a autoridade de arbitrar o preço da tarifa o Governo do Estado poderá exigir uma tarifa social mínima, com serviço de excelência. Já para a empresa ou consórcio de empresas que administrarem o VLT a quase totalidade da tarifa manterá os serviços prestados por eles, além de outros meios de exploração como publicidade nas estações e nos próprios veículos como se vê nas grandes cidades em todo o mundo, fora lanchonetes, estacionamentos e outros serviços indiretos que podem ser taxados pelos exploradores.

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Fonte: O Documento

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