O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira (1º) que serão inauguradas, em janeiro do ano que vem, três novas estações do Metrô e do monotrilho. Além da Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás, passarão a funcionar as estações Vila Prudente e Oratório, da Linha 15-Prata do monotrilho. Inicialmente, as três funcionarão em horário reduzido e sem a cobrança de tarifas, por tempo determinado, segundo a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos.
Com 11,5 km de extensão, a expansão da Linha 5-Lilás contará com 11 estações entre o Largo Treze e a Chácara Klabin. Atualmente, a linha já conta com seis estações distribuídas entre 8,5 km, do Capão Redondo ao Largo Treze.
Inicialmente prevista para 2013, a conclusão da estação Adolfo Pinheiro sofreu atraso de ao menos sete meses por causa de graves denúncias envolvendo licitação da Linha 5.
Em outubro de 2010, o jornal “Folha de S.Paulo” divulgou um vídeo com o resultado gravado seis meses antes do anúncio. O Metrô e a Secretaria de Transportes afirmaram que não sabiam de qualquer tipo de acerto entre as empreiteiras. O então governador Alberto Goldman mandou suspender as obras.
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De acordo com o governador, a previsão é que o novo trecho fique pronto até o primeiro semestre de 2016. “Nós estamos estudando a possibilidade de entregar em etapas, não é simples essa engenharia. Mas o importante é ter os três shields, três tatuzões, operando simultaneamente para entregar o mais rápido possível”, afirmou Alckmin.
A declaração foi dada no fim da manhã desta segunda-feira (1º) durante a visita do governador ao Poço Bandeirantes, no Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo. No local, funciona um canteiro de obras do Metrô em que são introduzidos os tatuzões.
A estação Adolfo Pinheiro será entregue no dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo. Apesar disso, os testes guiados devem ter início no fim de novembro.
O governador afirmou que irá a Brasília ainda nesta semana para apresentar um projeto para a construção de mais três novas estações elevadas da Linha 5-Lilás, ligando o Capão Redondo até o Jardim Ângela, que terá 3,7 km de extensão. Segundo ele, o governo federal possui R$ 50 bilhões disponíveis para obras de mobilidade urbana e, caso ele não consiga parte do recurso necessário, o total é estimado em cerca de R$ 2 bilhões, tentará um financiamento.
De acordo com o secretário Jurandir Fernandes, as novas estações serão construídas como obras públicas. “A Linha 5, como ela já está operando, não convém você fazer uma PPP [Parceria Público Privada], com capital privado. É bom continuar de uma vez, toda ela, como sendo uma obra operada e construída pelo Metrô”, justificou.
O Metrô de São Paulo possui quatro linhas com estações sendo construídas: a Linha-5 (Largo Treze até Chacará Klabin), Linha 4 (Luz até a Vila Sônia) que tem 5 estações em obra, os monotrilhos da Linha 15-Prata (Vila Prudente até Cidade Tiradentes) e Linha 17-Ouro, que vai ligar a estação Jabaquara à estação São Paulo/Morumbi do Metrô, passando pelo Aeroporto de Congonhas.
Tatuzão
O megatatuzão, que será usado nas escavações da Linha 5-Lilás, pesando 1,5 mil toneladas e mais de 10 metros de diâmetros, passará a operar em agosto. A roda de corte, ou shield, como é conhecida, foi introduzida no poço nesta segunda e será montada em até 45 dias. Outros dois tatuzões com diâmetro menor entram em operação até setembro. Os três equipamentos serão usados para perfurar túneis simultaneamente, mas passarão a operar com um mês de diferença.
“As duas [escavadeiras] pequenas, apesar de elas estarem portadas na mesma fonte, ao chegarem aqui [poço Bandeirantes] elas têm que sair com um mês de intervalo. Não dá para cavar as duas em paralelo por questão de segurança. Então uma sai na frente e outra sai um mês atrás”, afirmou o secretário de Transportes.
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