O presidente da EPL (Empresa de Planejamento e Logística), Bernardo Figueiredo, disse ontem que o trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio tem o custo estimado semelhante ao de fazer uma nova rodovia ligando as duas maiores cidades do país e dois novos aeroportos, um em cada cidade.
Os cálculos da empresa, responsável pelo projeto do trem de alta velocidade, apontam que o projeto custará cerca de R$ 35 bilhões. Já a construção de novos aeroportos e da rodovia foi estimada em R$ 30,5 bilhões.
Figueiredo afirmou em audiência pública no Senado que os estudos realizados pelo governo mostram que, em 2008, havia 7,8 milhões de passageiros ao ano usando o trecho entre São Paulo e Rio em rodovias e ferrovia.
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Segundo ele, até 2044, o número de passageiros entre as duas cidades será de 53 milhões ao ano e só poderia ser atendido com a construção de uma nova rodovia e dois novos aeroportos, um em cada cidade.
Dos passageiros de 2044, a projeção é que 27 milhões usariam a ferrovia. Sem o trem-bala, segundo ele, seriam necessários construir os aeroportos e a nova estrada para atender a esta demanda. “O investimento no trem de alta velocidade é sustentável pelo longo prazo”, disse Figueiredo.
O presidente da estatal voltou a afirmar que o projeto será realizado com “recursos públicos próximos do zero”. Na conta da estatal, a concessão do trem-bala para uma empresa operadora vai gerar cerca de R$ 30 bilhões em pagamento de outorga para o governo.
O leilão para escolher essa concessionária começa em 13 de agosto. O início da fase de construção está previsto para o próximo ano.
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