O leilão do TAV brasileiro entrou em cheque nos últimos dias. O ministro dos Transportes, César Borges; o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo e a presidente Dilma tem uma decisão importante a fazer: adiar ou não a entrega das propostas.
Consórcios da Espanha, Alemanha e França estão interessados em participar do leilão do primeiro TAV brasileiro. Entre eles, apenas o consórcio francês (liderado pelas empresas Alstom e SNCF) diz estar pronto para a entrega das propostas no próximo dia 16. Os demais preferem o adiamento da concorrência.
O consórcio espanhol – formado pela operadora Renfe, Talgo, Adif, Indra, Ineco, Invensys e Bombardier – precisaria de pelo menos mais dois meses para entregar uma proposta sólida. As mudanças nas regras do leilão estariam dificultando a elaboração da proposta. A Talgo informou que prefere aguardar a decisão da presidente Dilma sobre o adiamento ou não da entrega das propostas para se pronunciar.
O governo ainda não decidiu se vai adiar ou não o leilão. A presidente Dilma ainda tem que lidar com outra questão, 2014 é ano eleitoral e, caso o leilão do TAV for adiado, o governo estará impedido de assinar contratos a partir de março, segundo a constituição federal.
CAF x Talgo
Outra questão que envolve a Espanha na licitação do TAV é a participação da CAF. A empresa havia manifestado interesse no TAV e, segundo a imprensa espanhola, disputou com a Talgo um lugar no consórcio espanhol, já que não encontraram uma forma de cooperação.
A CAF contava com a vantagem de ter uma fábrica no Brasil, na cidade de Hortolândia, em São Paulo, mas o consórcio preferiu se garantir com a experiência em trens de alta velocidade da Talgo.
A CAF não está no consórcio espanhol, mas isso não a impede de participar da licitação com outro consórcio.
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