Ministro admite que excesso dificulta competição

O ministro dos Transportes, César Borges, disse nesta segunda-feira que “talvez tenha até um excesso de oferta de concessões” prevista para ocorrer neste segundo semestre. O ministro admitiu que o alto volume de licitações que já ocorreram e que estão previstas dificultam a ocorrência de competição dos leilões.


— Há um limite do setor privado. O estudo de um projeto demanda tempo (…) e houve uma coincidência de no segundo semestre ter um cardápio muito amplo de projetos. Isso exige um esforço adicional das empresas para participar, elas se sentem em uma situação de escolher (os projetos) mais atrativos — afirmou a jornalistas depois de participar de um almoço com empresários em São Paulo.


Embora tenha citado o excessivo volume de licitações já marcadas, Borges frisou que “espera que até o fim deste ano” ocorra a licitação de pelo menos um trecho de ferrovia. Segundo o ministro, seria a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (chamada de Fico), que ligará Lucas do Rio Verde (MT) a Campinorte (GO).


Em sua apresentação feita durante o almoço, o ministro reconheceu a necessidade de o País melhorar seus modais logísticos. E citou estudo da Fundação Dom Cabral que detectou que as empresas brasileiras gastam cerca de 13% de seu faturamento com logística.


— Temos um sistema monopolista de rodovias, com pressão de demanda e oferta extremamente limitada, por isso estamos tentando erguer um sistema que possa desenvolver também o modal ferroviário — contou.

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