Para ser concluído até 15 de setembro do próximo ano, com início da fase de testes em 13 de junho, o primeiro trecho do metrô entre a Lapa e o Retiro vai demandar pelo menos 1.500 trabalhadores nas obras civis.
O número de operários a serem absorvidos na construção do sistema metroviário deverá chegar a 3.400 em 2015 – considerado o pico do projeto.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav), Bebeto Galvão diz que o prazo estipulado no contrato é curto, mas não é impossível de ser cumprido.
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“Para sair dentro do prazo, é preciso que seja contratado o número de operários que for necessário, com condições de trabalho adequadas”, diz. A expectativa é que as obras comecem já na próxima semana, com a instalação dos canteiros de obras.
Parte dos canteiros utilizados para erguer o primeiro tramo, como o da Rótula do Abacaxi, será reativada. Mas o projeto prevê estudo da logística para implantação de outros espaços de apoio para a obra.
Cronograma – Dividida em seis etapas, a obra prevê entrega do trecho Lapa e Retiro da Linha 1 até junho do próximo ano, para início da fase de testes, com operação comercial em setembro. A extensão até a estação Pirajá é prometida para dezembro do mesmo ano.
A primeira etapa da Linha 2, até o Iguatemi, tem prazo de entrega em outubro de 2015. Em abril de 2016, o governo pretende concluir as estações do Imbuí e Pituaçu.
Em outubro do mesmo ano, o metrô chegará até a estação de Mussurunga, atingindo o aeroporto em abril de 2017.
Obra público-privada – Principais empresas que integraram o consórcio Metrosal, responsável pela obra do metrô de Salvador em curso desde 1999 e que já consumiu R$ 1 bilhão, a Andrade Gutierrez e a Camargo Corrêa serão as principais empreiteiras que tocarão a obra do metrô sob novo contrato, assinado anteontem pelos governos federal e estadual com o grupo de concessões CCR.
O contrato de parceria público-privada prevê a ampliação dos atuais 6,6 km para 41,2 km de metrô, com investimentos de R$ 4 bilhões e previsão de conclusão total em abril de 2017.
Tanto Andrade Gutierrez quanto Camargo Corrêa são sócias minoritárias do grupo CCR, mas não necessariamente teriam que ser escolhidas para a retomada do metrô. Contudo, afirma o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro, “a experiência e o conhecimento das empresas” na primeira etapa da obra foram determinantes na escolha feita pela CCR.
Auditoria – A construção da primeira etapa está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) . Em auditoria, o órgão de controle acusa o consórcio Metrosal de superfaturamento de R$ 160 milhões (R$ 400 milhões em valores corrigidos), além de supostamente entregar a obra sem conclusão e com falhas na estrutura.
O Metrosal também foi alvo de ação de improbidade, movida pelo Ministério Público Federal em janeiro de 2010, por supostas irregularidades no processo licitatório e na execução das obras do metrô. O consórcio nega as irregularidades.
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