Multimodal, Itaqui terá R$ 3 bilhões até 2016

Principal porto da região Norte-Nordeste, segundo em operação de granéis líquidos do país e o quinto maior em movimentação do Brasil, o Porto de Itaqui, no litoral do Maranhão, registrou recordes de operações nos últimos dois anos. Foi o complexo portuário público que mais cresceu em movimentação de cargas em 2012, registrando um incremento de 12,87% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


O bom posicionamento do Itaqui no ranking dos portos públicos brasileiros está diretamente ligado ao crescimento das operações decorrentes dos grandes empreendimentos instalados no Maranhão e da demanda crescente de negócios de importação e exportação, na visão da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do porto de Itaqui. Em 2012, o porto da capital maranhense movimentou cerca de 15,7 milhões de toneladas. Desse total, 30% de granéis sólidos e outros 48% de granéis líquidos. Resultados decorrentes, entre outros pontos, do incremento nas importações de derivados de petróleo (7%) e de fertilizantes (33%), somados às exportações de soja (10%) e milho (1,330%).


Em 2013, os números também são positivos. De janeiro a setembro deste ano já passaram pelo Itaqui cerca de 11,2 milhões de toneladas, com destaque para o recorde histórico da movimentação da soja, nada menos do que 2,9 milhões. Em 2012, as transações envolveram 2,7 milhões de toneladas do grão. Definido como multimodal, o porto escoa e recebe derivados de petróleo, soja, ferro guza, milho, cobre, álcool, alumínio contêiner, carga geral, fertilizante, carvão, cimento, antrocuta/betonita, arroz, calcário, trigo, trilhos, GLP, manganês, arroz e fluoreto.


Para os especialistas da área, um dos grandes diferenciais do complexo portuário do Itaqui, – que conta ainda com os terminais privados Ponta da Madeira (da Vale) e Alumar -, é sua localização geográfica privilegiada, na costa da região Nordeste, que encurta a distância para Europa, Estados Unidos é Ásia. “Em comparação com os portos do Sul e do Sudeste, a partir do Porto de Itaqui economiza-se até sete dias de viagem para os maiores portos do mundo”, afirma Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap.


“A rota Itaqui-Roterdã, por exemplo, é percorrida em apenas 10 dias. A proximidade com o Canal do Panamá facilita muito a chegada ao mercado asiático. São seis horas a menos para chegar à China em relação ao Porto de Santos”, afirma. Somada à boa localização, a região do Itaqui tem ligação rodoviária com mais de 55 mil quilômetros, unindo rodovias federais e municipais; rede ferroviária formada pela Transnordestina Logística S.A (TLSA) e Estrada de Ferro Carajás (EFC) e Ferrovia Norte-Sul (FNS), além de estar próximo tanto do Distrito Industrial de São Luís quanto do aeroporto internacional da capital maranhense.



Pesa ainda a favor do Porto do Itaqui o tamanho do calado natural – distância entre a linha d’água e a quilha do navio – de 23 metros e o fato de apresentar uma das maiores amplitudes de maré do Brasil, chegando a 8 metros, além do acesso pela Baia de São Marcos bem sinalizado, protegido de ondas e de correntes.


Ao contrário de outros portos públicos nacionais, Itaqui não sofre pela falta de berços. Conta com a capacidade operacional de 6 berços de atração com retroáreas amplas; armazém de 7.500 metros quadrados para carga geral; um armazém inflável de 3 mil m quadrados para granéis sólidos; 4 silos verticais para 12 mil toneladas de grãos; 1 silo horizontal para 8 mil toneladas de grãos, 8 silos verticais para 7.200 toneladas; 50 tanques grandes líquidos com 210 mil metros quadrados; duas esferas para armazenar 8.680 metros cúbicos de GLP e quatro pátios para armazenagem com 42 mil metros quadrados.


Mas, apesar de toda essa infraestrutura e a responsabilidade de escoar para exportação 60% dos bens produzidos nos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, o tempo de espera ainda é alto e foco de reclamações de quem opera por ali. A causa, para alguns especialistas na área, é a morosidade de projetos de investimentos, lembrando que só o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), com projeto criado há 10 anos, já sofreu quatro cancelamentos. Fossati discorda. “O porto de Itaqui tem previsão de investimento, entre público e privado, até 2016 da ordem de R$ 3 bilhões”, afirma.


“De 2010 para cá estão sendo investidos R$ 100 milhões em acesso ferroviário. R$ 550 milhões no Terminal de Grãos do Maranhão, que terá capacidade de escolar 5 milhões de toneladas de grãos no primeiro semestre de 2014, contra as 3,2 milhões de toneladas atuais; R$ 85 milhões no armazém de cobre; R$ 49 milhões na construção do berço 108; R$ 45 milhões na dragagem para aprofundamento dos berços 103 ao 100, canal de acesso e baía de evolução, além de R$ 221 milhões no MPX com manuseio de carvão para termelétrica e R$ 85,3 milhões na reforma do Pier 102 e 101”. A desenvolver, constam, ainda, os projetos cais/berços 99 e 98 com retroáreas; a retroárea do cais 100/101 e 104/105 e o Terminal de Fertilizantes, estimado em R$ 250 milhões.


O executivo observa que, em plena atividade, o Tegram mudará o eixo das exportações do país, que deixará o Sul e Sudeste em direção ao Maranhão. O Terminal terá capacidade estática de armazenamento de 500 mil toneladas, basicamente soja, compreendendo quatro armazéns e movimentação final de 10 milhões de toneladas por ano em sua segunda-fase, prevista para 2019. Já o Terminal de Fertilizantes, com licitação prevista para 2014, terá capacidade para movimentar 5 milhões de toneladas/ano, embalado pelo potencial de crescimento de outras culturas além da soja, como sucroalcooleira, algodão e florestal.


“Trabalhamos para estar entre os 10 melhores portos públicos do país nos próximos anos, praticando uma gestão voltada para resultados, baseada na capacitação de pessoas, operações eficientes e melhoria da infraestrutura”, diz Fossati. “Estamos no caminho certo”.

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