Começa nesta sexta-feira (13) a paralisação dos metroviários do Rio Grande do Sul. Os trens devem operar somente nos horários de pico, conforme acordo firmado em reunião na Procuradoria Geral do Trabalho da 4ª Região. Nos primeiros horários a circulação ocorre normalmente, de acordo com o centro de controle da Trensurb, e deve seguir assim até as 8h30. Depois, os trens só voltam a funcionar das 17h30 às 20h. Segundo o Sindimetrô-RS, a greve ocorre por tempo indeterminado.
A paralisação manifesta contrariedade à direção da Trensurb que, segundo o sindicato, não aceitou negociar o reajuste do plano de saúde dos funcionários da empresa, fixado em 45%. No último acordo coletivo da categoria, a estatal do metrô concedeu 6,49% de reajuste aos trabalhadores.
Em nota, a direção da Trensurb diz que não medirá esforços para minimizar os danos à população da Região Metropolitana de Porto Alegre e “espera que o sindicato cumpra o compromisso firmado com o Ministério Público do Trabalho de viabilizar 100% da operação nos horários de pico, das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30, por todo o período que durar a paralisação”.
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A nota diz ainda que a decisão é “abusiva”, já que o motivo apresentado, de reajuste do plano de saúde pela operadora do serviço, vai além das relações de trabalho. A diretoria garante ainda que já deu início a um novo processo licitatório para contratação de serviços de assistência médica complementar para empregados e dependentes.
Com a greve anunciada, a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) decidiu, ainda na terça-feira (10), montar um esquema emergencial de transporte para a Região Metropolitana de Porto Alegre. Serão disponibilizados mais 300 ônibus para suprir a falta de trens. Cento e setenta e cinco mil pessoas dependem do serviço diariamente.
O site da Trensurb disponibiliza informações aos passageiros sobre as linhas de ônibus que se integram com os trens em todas as estações.
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