Pelo menos quatro pessoas morreram e 63 ficaram feridas depois que oito vagões do metrô de Nova York descarrilaram na manhã de domingo, 1, no Bronx, ao norte de Manhattan. Cerca de 150 pessoas estavam nos trens no momento do acidente, que ocorreu às 7h22 e seria o pior em Nova York em duas décadas.
A composição saiu dos trilhos e o primeiro vagão parou às margens do Rio Hudson. Equipes de resgate fizeram buscas na água e retiraram os passageiros do trem, usando escadas nos vagões que tombaram. Às 15 horas, os trabalhos foram suspensos e a polícia informou que todos os passageiros haviam sido retirados do local.
O chefe do Corpo de Bombeiros de Nova York, Edward Kilduff, afirmou que três dos quatro mortos foram atirados para fora do trem quando a composição descarrilou em uma curva fechada, 21 minutos antes de sua chegada à estação Grand Central.
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Dos 63 feridos, 11 estavam em estado grave. A situação mais delicada era a de um passageiro que teve fratura na coluna. Segundo o governador de Nova York, Andrew Cuomo, o condutor da composição estava entre os hospitalizados.
A investigação sobre as causas do acidente vai analisar a situação dos trilhos, o funcionamento dos equipamentos, a manutenção, o sistema de segurança, a atuação do condutor e a resposta dos freios de emergência. Segundo os responsáveis pelo metrô, todas as curvas têm restrições de velocidade e os investigadores deverão responder se o limite para aquele trecho foi obedecido.
Em entrevista ao New York Times, o passageiro Joel Zaritsky disse que estava dormindo no quarto vagão da composição quando o trem começou a tombar. “Pessoas estavam gritando. Eu fui atirado para o outro lado do trem”, lembrou Zaritsky, que seguia para Manhattan para uma conferência. “Ainda não consigo acreditar.”
Moradores da região relataram ter ouvido um forte som de metal. “Houve um longo e terrível som de metal sendo arranhado”, disse Charles Manley ao jornal USA Today.
Dúvidas sobre a segurança do desenho dos trilhos na região foram levantadas em julho, depois que vagões de carga descarrilaram no local, em um acidente que não deixou feridos.
Uma composição da mesma companhia, Metro-North, descarrilou em maio na cidade de Bridgeport, em Connecticut, e foi atingida por outra que vinha na direção contrária, em um acidente que deixou 73 feridos. Menos de duas semanas depois, um funcionário da empresa foi atropelado e morto por um trem em West Haven, também em Connecticut.
Em depoimento na investigação desses acidentes, o engenheiro-chefe da Metro-North, Robert Puciloski, declarou que a empresa estava atrasada em “várias áreas”, entre elas nos trabalhos de manutenção que deveriam ter sido realizados na região de Bridgeport.
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