Após uma reunião entre Ministério Público e a EMTU sobre o traçado do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), aconteceu na tarde desta quarta-feira (4) em Santos, no litoral de São Paulo, ficou decidido que o projeto do VLT será decidido na Justiça. O Ministério Público entendeu que há falhas nos estudos da EMTU e irá abrir uma ação civil para parar a obra.
Os promotores do Meio Ambiente apontaram falta de informações no estudo apresentado pela EMTU. Para eles, faltam respostas em vários aspectos que justifiquem porque o melhor traçado do VLT na Francisco Glicério, entre o Canal 1 e o Canal 3, é no canteiro central da avenida. O promotor do meio ambiente Daury de Paula Junior explicou quais são os problemas. “Os nossos técnicos avaliaram o estudo e concluiram que o traçado do VLT pelo canteiro lateral, pela antiga linha férrea, é o melhor traçado do ponto de vista urbanístico, em relação ao impactos que trazem para aquela comunidade vizinha”, disse ele.
O diretor presidente da EMTU, Joaquim Lopes, não se opõe em esclarecer as dúvidas. Mas, explica porque não pode esperar para retomar as obras. Algumas intervenções já começaram no jardim lateral da avenida Francisco Glicério. “Julho está aí.Nós temos um compromisso de entrega desse empreendimento, sabemos o quanto ele é importante para quase 170 mil cidadãos que usam o transporte coletivo aqui na região”, falou Joaquim Lopes.
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Os representantes da EMTU e da Prefeitura de Santos se comprometeram em encaminhar todas as respostas ao Ministério Público mas não quiseram estender o prazo. Diante disso, os promotores do Ministério Público decidiram que vão mover uma ação civil pública. “A ação, se tiver por objeto a anulação da licença ambiental, ela pode atingir a obra como um todo. Não é o objetivo do Ministério Público questionar outros trechos da obra mas, infelizmente, a judicialização leva a essa consequência”, disse o promotor.
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